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Medicina

Mortalidade materna dos últimos 2 anos tem relação com pré-natais inadequados, sugere estudo


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ImpulsoGov, ONG que aprimora serviços de saúde pública, analisou dados públicos do SIM e SINASC e 2022 e 2023

São Paulo, julho de 2024 – Um estudo da ImpulsoGov, ONG dedicada a auxiliar governos no aprimoramento da saúde pública, revelou que taxas mais altas de mortalidade materna em 2022 e 2023 podem ter correlação com menos pré-natais adequados. A análise foi feita a partir de dados do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade) e SINASC (Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos).

Nos últimos dois anos, foram registradas 2.617 mortes maternas no país – a cada 100 mil nascidos vivos, houve 51,6 mortes maternas e 25.606,9 pré-natais inadequados. As principais causas identificadas foram: complicações relacionadas ao parto (42,8%), hipertensão (20,9%), seguidas por hemorragia pós-parto e doenças infecciosas ligadas à gravidez, parto e puerpério.

Segundo o Ministério da Saúde, um pré-natal é adequado quando se faz, ao menos, 6 consultas, sendo a primeira delas feita no primeiro trimestre da gestação. A análise da ImpulsoGov apoia a tese de especialistas em saúde que destacam a importância do pré-natal adequado para diagnosticar e tratar várias condições de risco durante a gravidez.

“O acompanhamento regular durante o pré-natal não apenas permite a identificação precoce de potenciais problemas de saúde da mãe e do bebê, mas também oferece a oportunidade de intervenções eficazes que podem melhorar significativamente os resultados tanto para a mãe quanto para o filho”, diz Juliana Ramalho, gerente de projetos e saúde pública na ImpulsoGov.

O estudo aponta que a maioria dos óbitos ocorreu entre mulheres pardas (54,1%).  Além disso, 75,3% das mães falecidas tinham baixa escolaridade e 49,5% estavam solteiras. No recorte por localidade, o estado de Roraima, da região Norte, foi o mais alto em número de mortalidade materna e número de pré-natais inadequados. A cada 100 mil vivos, foram 138 mortes maternas e 50.856 pré-natais inadequados.

“A redução da mortalidade materna é um tema importantíssimo na atuação da ImpulsoGov. Por este motivo, em um de nossos projetos – a plataforma Impulso Previne – mostramos para as equipes de saúde dos municípios parceiros quem são as pessoas com o exame preventivo atrasado, ou as gestantes que ainda precisam realizar consultas e exames de pré-natal, para que possam focar no que mais importa: o cuidado”, afirma João Abreu, cofundador e diretor-executivo da ONG.

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Sobre a ImpulsoGov

Fundada por João Abreu e Isabel Opice, a ImpulsoGov é uma organização não governamental e sem fins lucrativos que desenvolve ferramentas e soluções gratuitas para impulsionar o uso inteligente de dados e tecnologia no SUS, para que todas as pessoas no Brasil tenham acesso a serviços de saúde de qualidade. A ONG transforma dados existentes em informações úteis, permitindo que gestores públicos e outros profissionais de saúde meçam desafios e impactos, identifiquem vulnerabilidades, visualizem cenários e tomem decisões baseadas em evidências para melhorar continuamente as políticas públicas de saúde em seus municípios. A ImpulsoGov já apoiou mais de 100 municípios onde vivem 6 milhões de pessoas que dependem exclusivamente do SUS para ter acesso a quaisquer serviços de saúde. Saiba mais em: https://www.impulsogov.org/

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