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Morre Adir Sodré, expoente das artes plásticas de Mato Grosso


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O artista plástico mato-grossense Adir Sodré, 57, faleceu no final da tarde desta segunda-feira (10) em Cuiabá. Ele passou mal em frente da própria casa, por volta das 18 horas. Os amigos e familiares foram para o local.

Segundo informações obtidas pelo Olhar Conceito, Adir passou mal em frente a uma agência de publicidade. Ele melhorou, foi em direção à sua casa, e quando já estava no muro em frente à sua casa, desequilibrou, caiu e bateu a cabeça na calçada. Há, ainda, a hipótese de um acidente vascular cerebral (AVC) ou um infarto, mas sem confirmação até o momento.

Nas redes sociais, os amigos lamentam o fato: “A arte brasileira ficou muito mais cinza, vazia e triste! Adir Sodré despede-se de nós. Ano terrível! Terrível!”, publicou o escritor Eduardo Mahon. “Hoje é um dia imensamente triste para a arte mundial. Adir Sodré nos deixa – um gênio, uma arte histórica, alegre, provocante – autêntica. Fica o adeus de um grande fã. Obrigado por compartilhar sua arte, gigante ADIR SODRÉ”, publicou Renato Melón.


Casa está isolada (Foto: Reprodução)

História

Adir nasceu em Rondonópolis (219km de Cuiabá) em 1962. Já em 1977 passou a frequentar o Atelier Livre da Fundação Cultural de Mato Grosso, onde foi orientado por Humberto Espíndola (1943) e Dalva (1935). Nos dois anos seguintes, integrou com Gervane de Paula (1962) e outros artistas, um grupo que procurava renovar a arte mato-grossense.

Adir participou de exposições coletivas organizadas pelo Museu de Arte e de Cultura Popular da Universidade Federal do Mato Grosso (MACP/UFMT) e também de outras, coletivas: Como Vai Você, Geração 80?, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), Rio de Janeiro, em 1983, e Modernidade, Arte Brasileira no Século XX, no Museu de Arte Moderna de Paris, em 1987.

Em sua produção, aborda temas relacionados à cultura regional e questões acerca dos povos indígenas, além e ser lembrado pelos ‘falos’ e por ter a sexualidade como tema em grande parte de sua obra.

Na Enciclopédia do Itaú Cultural, seu trabalho é apresentado como com “diálogo constante com a tradição da história da arte, e faz referências, entre outros, aos pintores Vincent van Gogh (1853-1890) e Diego Velázquez (1599-1660). Aproxima-se também do universo dos quadrinhos, como em Almoço na Relva VII (1988). A partir da década de 1980, Adir Sodré inclui em suas obras temáticas relacionadas aos povos indígenas, à invasão causada pelo turismo em determinadas regiões do Brasil e ao consumismo, esse último exemplificado no quadro Dolores Descartável (1984)”.

O artista é reconhecido nacionalmente por suas obras. Em 2017, um de seus quadros esteve ao lado de Pablo Picasso, Adriana Varejão e tantos outros na exposição ‘Histórias da Sexualidade’, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand.

OLHARDIRETO

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