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Moro diz que usará modelo da Lava Jato para combater crime organizado
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O juiz federal Sergio Moro disse em entrevista coletiva nesta terça-feira (6), em Curitiba, que usará o modelo da Operação Lava Jato para combater o crime organizado no comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a partir de 2019.
“A ideia é replicar no ministério as forças-tarefas adotadas na Operação Lava Jato”, afirmou.
Esta é a primeira vez que o Sérgio Moro participa de uma entrevista coletiva, desde 2014, quando assumiu operação e se tornou figura conhecida em todo o Brasil.
Antes dos repórteres começarem as perguntas, o juiz fez um histórico da operação e disse ter aceitado o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para buscar implantar no “governo federal uma forte agenda anticorrupção” e uma forte agenda contra o crime organizado.
Veja os temas abordados na entrevista
Perseguição política – “É um pouco estranho dizer isso, mas não existe a menor chance de usar o ministério para perseguição política”, afirma Moro. Ele diz que crimes de ódio são “intoleráveis”.
Convite para ministério – Moro diz ter aceitado o convite de Bolsonaro para buscar implantar no “governo federal uma forte agenda anticorrupção” e uma forte agenda contra o crime organizado
Moro ministro
Moro abandonou a carreira de juiz federal para ser ministro da Justiça do governo do presidente eleito.
Na segunda-feira (5), ele comentou a decisão de deixar a magistratura e disse que não se vê “ainda como um político verdadeiro”. Na avaliação dele, o cargo é predominantemente técnico.
Férias e exoneração
Moro se afastou das atividades de juiz federal e da Lava Jato logo após aceitar o convite para ser ministro. Em ofício, ele comunicou que vai sair de férias por 17 dias a partir desta segunda e que vai pedir a exoneração da magistratura em janeiro.
Com a saída de Moro, a juíza Gabriela Hardt, substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, fica à frente dos processos da Lava Jato interinamente, até que seja escolhido um novo responsável.