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Monitor da Violência: um ano depois, apenas um caso de morte violenta foi julgado em RO


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Mais de 40% das mortes violentas registradas em Rondônia em agosto de 2017, durante o projeto Monitor da Violência, ainda não tiveram os inquéritos concluídos pela Polícia Civil. Dos 9 assassinatos ocorridos em uma semana, cinco foram concluídos, quatro não tiveram solução e apenas um foi julgado.

Os quatro casos não concluídos pela polícia são todos de Ariquemes:

  1. João Domingos Bastos Junior, jovem morto durante uma abordagem policial
  2. Ademilson Souza da Silva, executado a tiros em uma estrada
  3. Carlos Pereira do Nascimento, homem achado morto com a cabeça esmagada em um terreno baldio
  4. E o de uma vítima achada carbonizada em uma estrada (enterrada como indigente)

Segundo o Código de Processo Penal, um inquérito policial deveria ser concluído em 10 dias quando houver prisão em flagrante ou 30 dias em caso de inexistência de prisão cautelar. Os delegados, no entanto, podem pedir um prazo maior para elucidar o caso – o que normalmente acontece.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil de Ariquemes para verificar o motivo dos quatro inquéritos ainda não terem sido finalizados, mas não teve retorno com o delegado regional.

O novo levantamento revela que:

  • dos 9 casos estão em andamento
  • 5 foram concluídos
  • em 4 casos a autoria segue desconhecida
  • 5 casos tiveram os autores identificados
  • 4 casos foram decretadas prisões para 8 suspeitos
  • Em 4 casos os autores já respondem processos na Justiça de RO
  • Apenas caso foi julgado

Caso solucionado um ano depois

Depois de um ano de investigação, a Polícia Civil concluiu em setembro deste ano o único caso acompanhado pelo Monitor da Violência em Porto Velho: o latrocínio que vitimou Rosane Mendes da Silva.

A mulher estava de moto, quando foi abordada por dois suspeitos em um assalto. Logo depois eles atiraram na vítima, que morreu na hora.

Rosana Mendes da Silva foi morta durante um assalto na capital (Foto: Rede Amazônica/Reprodução)

Rosana Mendes da Silva foi morta durante um assalto na capital (Foto: Rede Amazônica/Reprodução)

Segundo o delegado José Marcos, da Delegacia de Repressão à Crimes Contra o Patrimônio, um dos suspeitos, Joel Leite de Oliveira, de 27 anos, que está no presídio Pandinha, foi preso 19 dias depois do latrocínio, por porte ilegal de arma. O segundo suspeito foi preso há poucas semanas.

Em depoimento, os suspeitos confirmaram a intenção de roubar a motocicleta que a vítima pilotava. Eles seguem presos preventivamente e foram denunciados à Justiça.

Uma condenação

Das nove mortes acompanhadas pelo G1, apenas um caso foi julgado até agosto deste ano, o do assassinato do filho do ex-prefeito José Rover (PP). O crime foi em Vilhena (RO). Luiz Eduardo Silva Rover, de 21 anos, foi morto com um tiro dentro de casa durante um assalto.

Luiz Rover foi atingidos por um tiro dentro de casa (Foto: Facebook/Reprodução)

Luiz Rover foi atingidos por um tiro dentro de casa (Foto: Facebook/Reprodução)

A condenação do caso foi a primeira do Brasil, entre as 1.195 mortes registradas naquela semana. Luiz Eduardo era o filho único do ex-prefeito.

O projeto Monitor da Violência será tema do Profissão Repórter desta quarta-feira (5).

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