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‘Minha filha ficou de frente com o atirador’, diz pai de sobrevivente


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Pai de aluna da escola em Suzano aconselhou adolescente a se esconder no banheiro. Ataque em escola estadual teve pelo menos 10 mortos e 10 feridos.

Por volta das 9h30 desta quarta-feira (13), o mediador da Comarca de Suzano Rogerio Reis, recebeu uma ligação da filha Letícia Reis, 15 anos, desesperada: “Pai, pelo amor de Deus, corre aqui que estão atirando na escola”.

“Minha filha ficou de frente com o atirador”, disse. A jovem é uma das sobreviventes que estavam dentro da escola estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (Grande SP). Local onde dois adolescentes entraram armados e feriram dezenas de pessoas a tiros.

Oito pessoas morreram, além dos dois atiradores terem cometido suicídio. De acordo com a Polícia Militar, outras 10 pessoas foram feridas e estão hospitalizadas.

Segundo o mediador, na ligação ele disse para a filha “se esconder no banheiro”. Foi o que ela fez assim que ouviu o primeiro disparo, de acordo com o pai. A jovem, então, tinha falado pedido socorro para o pai, falando para ele correr para buscá-la.

“Vim cortando na contra mão até chegar. Ela começou a estudar aqui na segunda-feira. Cheguei na escola em 20 minutos. Ela relata que tinha ido à secretaria, achou que era bombinha”.

Ainda de acordo com o pai da adolescente, a filha deu de cara com um homem de preto com uma máscara de caveira. “Pedi ajuda para os policiais. Ela tinha 15 anos. Ela começou a estudar na segunda feira”.

 

Vizinha de escola acolheu sobreviventes

Vizinha de escola acolheu sobreviventes

Fabíola Perez/R7

Vizinha acolhe sobreviventes

A moradora de uma casa em frente à escola Mayara Diaciunas, 22 anos, disse que acolheu os alunos que conseguiram escapar da escola. “Eles estavam bem abalados. Alguns os pais vieram buscar, outros foram recolhidos pela Capes”.

“Em um primeiro momento, foram cinco alunos que entraram na minha casa e relataram que eram dois atiradores. Houve muito desencontro de informações”.

A moradora afirma que os adolescentes que chegavam em estado e pânico e um teria dito, inclusive, que não sabe como chegou no local.

Mayara disse que ouviu gritos e de pessoas e disparos “em um tom muito alto”. Segundo ela, “as pessoas que acolhemos disseram que o atirador chegou a segui-las”. 

“Fiquei no portão para acompanhar. Eles estavam preocupados em conversar com os pais e saber dos amigos dentro da escola. Um deles disse que ajudou outros estudantes a pularem o muro e se machucou. Um deles ouviu um disparo muito próximo”, diz.

Mãe de aluna de outro período

Mãe de aluna de outro período

Fabíola Perez/R7

‘Diretora que morreu era maravilhosa’

A técnica de enfermagem Elaine Ribeiro, mãe de uma aluna da escola, de 16 anos, disse que a filha estuda outro período, por isso não estava na escola no momento do massacre. O material da menina já estava preparada para ir à escola: “Fico duas horas esperando minha filha e vejo policiais rondando a escola”.

Segundo a mãe, a escola é “a melhor de Suzano”. Ela afirma ainda que “a diretora que morreu era maravilhosa. Sempre conversava com a diretora, para saber se teria”. O Governo do Estado, no entanto, ainda não confirmou a identidade das vítimas — a informação deve ser passada às 14h.

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