Agronegócios
Minas Gerais demanda 32% a mais de recursos
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Minas Gerais, ao longo dos primeiros sete meses do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2022/23, demandou 32% a mais de recursos para aplicação na agricultura e pecuária. Ao todo, foram desembolsados R$ 31,55 bilhões em crédito ante os R$ 23,89 bilhões liberados entre julho de 2021 e janeiro de 2022. Dentre as linhas acessadas, a mais demandada continua sendo a de custeio, que encerrou o período com alta de 56% e desembolso de R$ 19,24 bilhões.
De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o valor total já liberado para o Estado representa 14% do desembolso nacional, que já está em R$ 225,7 bilhões e apresenta aumento de 22%.
Entre julho de 2022 e janeiro atual, foram aprovados 155.063 contratos para produtores mineiros, volume 6% maior que o registrado no mesmo período da safra passada.
Do total de R$ 31,55 bilhões já liberados para Minas, R$ 22,08 bilhões foram destinados para a agricultura, o que representa aumento de 34% se comparado com o mesmo período anterior. Para a pecuária, o crédito liberado já soma R$ 9,47 bilhões e está 29% maior.
Durante os sete meses da safra 2022/23, foram destinados R$ 19,24 bilhões ao custeio da produção agrícola e pecuária no Estado, valor que supera em 56% os desembolsos feitos em igual período anterior, que era de R$ 12,35 bilhões. No intervalo, a aprovação de contratos – 78.370 – ficou 20% maior.
Na linha de custeio, para a agricultura foi verificada elevação de 61% na demanda pelos recursos, elevando os desembolsos para R$ 12,59 bilhões. A liberação de contratos aumentou 23%, chegando a 44.961 unidades aprovadas.
Em janeiro, o café foi a cultura que demandou maior volume de crédito. Foram R$ 209,3 milhões voltados para a cultura. Em seguida, veio o milho, R$ 94,83 milhões; alho, R$ 74,56 milhões, e cana-de-açúcar, R$ 41,15 milhões.
Para a pecuária mineira, os desembolsos de custeio cresceram 47% e chegaram ao montante de R$ 6,65 bilhões. Foram aprovados, até final de janeiro, 33.409 contratos, 15% a mais.
A maior parte do crédito da linha de custeio da pecuária foi para a produção de bovinos, com desembolso de R$ 650,2 milhões. Para suínos foram liberados R$ 36 milhões e a avicultura ficou com R$ 31,54 milhões.
A linha de investimentos também segue com demanda maior, porém, em níveis menores que a de custeio. Os produtores rurais do Estado já acessaram R$ 6,96 bilhões em crédito para investir, avanço de 2%, sobre os R$ 6,8 bilhões visto em igual intervalo da safra anterior. Foram aprovados 74.361 contratos, 6% a menos.
A agricultura tem buscado a maior parte dos recursos de investimentos. Já foram destinados para o setor R$ 4,7 bilhões em crédito, aumento de 9%. Para investimentos na agricultura, foram aprovados 33.293 contratos, 13% a mais. Já a pecuária demandou R$ 2,27 bilhões, valor 9% menor. A aprovação de contratos caiu 18% e encerrou os sete primeiros meses da safra com 41.068 unidades liberadas para a pecuária.
Os desembolsos de crédito para a comercialização dos produtos agrícolas e pecuários se mantiveram estáveis frente aos primeiros sete meses da safra 2021/22, com a destinação de R$ 3,67 bilhões para o Estado. A agricultura demandou R$ 3,51 bilhões, 2% a mais. Já a liberação dos recursos para a pecuária caiu 33%, encerrando o período em R$ 160 milhões.
Fonte: Diário do Comércio
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