Justiça
Militares da Marinha matam perito da Polícia Civil em ferro-velho e jogam corpo de ponte no RJ
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Suspeitos usaram um veículo oficial das Forças Armadas para ocultar o corpo da vítima.
Um perito da Polícia Civil do Rio de Janeiro foi assassinado por três militares da Marinha, após uma discussão em um ferro-velho na Zona Norte do Rio. Conforme as investigações, os suspeitos usaram um veículo oficial das Forças Armadas para ocultar o corpo da vítima, identificada como Renato Couto de Mendonça.
A polícia foi acionada após o perito não chegar ao trabalho, em um plantão do Instituto de Identificação Félix Pacheco, órgão vinculado à Polícia Civil do RJ. Um sargento da Marinha se entregou no 1º Distrito Naval e confessou o crime.
Equipes da Delegacia de Homicídios, da 18ª DP (Praça da Bandeira) e do Félix Pacheco rastrearam o celular de Renato e descobriram que o perito teve uma briga com Lourival Ferreira de Lima, dono do ferro-velho.
De acordo com as investigações, o papiloscopista fazia uma obra na Praça da Bandeira e foi vítima de uma sequência de furtos. Renato acabou achando os materiais no ferro-velho de Lourival.
EMBOSCADA NO FERRO-VELHO
Ao retornar ao ferro-velho, Renato foi vítima de uma emboscada. Lourival chamou o filho, Bruno Santos de Lima, sargento da Marinha, e dois colegas: o cabo Daris Fidelis Motta e o terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares.
O perito foi baleado na perna e na barriga por Bruno, após uma discussão. A vítima foi colocada dentro de uma van da Marinha e jogada de uma ponte do Arco Metropolitano sobre o Rio Guandu. O corpo já foi localizado e exames constataram que o perito morreu de axfixia e afogado.
A Marinha do Brasil informou que tomou conhecimento do ocorrido e que está colaborando com os órgãos responsáveis pela investigação. O órgão também informou que abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrênciaque os militares.
“A MB lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares da vítima e reitera seu firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os princípios militares.”
FONTE: diariodonordeste