Agronegócios
Milho vai seguir alto, mas convém fixar preço agora: ENTENDA
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Os preços do milho no mercado brasileiro deverão continuar elevados para o primeiro semestre de 2021, de acordo com a Consultoria TF Agroeconômica. Apesar dessa projeção, a equipe de analistas recomenda fixar agora o valor, prestando mais atenção no lucro atual do que numa possível elevação das cotações.
“Nossa recomendação, portanto, é que os participantes do mercado físico, que precisam vender milho para a safra de verão, fixem preço na [Bolsa] B3 nos níveis atuais, sem arrependimentos futuros, porque os lucros são ótimos. Como sempre dizemos, não corra atrás de preços, mas de lucros; muita gente já perdeu grandes lucros por correr atrás de preço”, afirmam os especialistas.
De acordo com a TF, o fator principal de alta dos preços do milho no Brasil são as perspectivas de forte seca no Oeste do País, que atinge as lavouras no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Oeste do Paraná. Essas previsões fizeram as estimativas de produção brasileira recuar de 116 milhões de toneladas para 112 milhões de toneladas, segundo a média das consultorias privadas, enquanto o último relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) menciona 110 milhões de toneladas.
“Esta redução de quatro milhões de toneladas está mantendo firmes os preços de maio até agosto, no mercado futuro da B3, de São Paulo, porque se espera a continuação da forte demanda de exportação e uma redução na oferta brasileira. A continuação dos preços elevados vai depender das condições de desenvolvimento da Safrinha de 2021. De qualquer maneira, os preços atuais da B3 para março de 2021, ao redor de R$ 78,68, contém um lucro limpo, após pagas todas as despesas, ao redor de 96,7% (já foi de 116%)”, ressalta a equipe de analistas da TF Agroeconômica.
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