Agronegócios
Milho: Preços enfraquecidos relaxam compradores
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Os preços de exportação do mercado do milho foram enfraquecidos, o que acabou relaxando os compradores domésticos, segundo o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica. De acordo com o especialista, dólar e Chicago tem influência nessa questão.
“Com o dólar fechando em leve queda de 0,09% e Chicago caindo expressivos 2,30% os preços de exportação se enfraqueceram e não causaram preocupações aos compradores domésticos do milho, que, assim, não tiveram que voltar às compras para garantir preços adequados, oferecendo preços menores. Com isto, os preços médios em Campinas, principal praça de referência no Brasil, voltaram a cair 1,09% para R$ 36,36/saca, contra R$ 36,76/saca do dia útil anterior”, indica.
O relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre os cultivos do milho nos EUA registrou melhora de 1%, para 58%, nos lotes que estão em condição boa/excelente, exatamente em linha com a expectativa do mercado, que tinha o mesmo percentual. “O acompanhamento da safra de milho dos EUA é importante para o Brasil porque, dependendo da maior ou menor oferta desse cereal por aquele país, as exportações brasileiras poderão aumentar ou não, fazendo, por tabela, o preço interno subir ou não”, completa.
“Os preços oferecidos pela exportação, para vendedores distantes 600 km do porto, caiu para R$ 30,08 (30,91 do dia anterior) para setembro, R$ 32,70 (33,56) para dezembro e R$ 34,22 (34,51) para março de 2020. Já os milhos importados do Paraguai chegariam ao Oeste do Paraná ao redor de R$ 32,09 (R$ 31,80 anterior); ao Oeste de Santa Catarina ao redor de R$ 35,62 (35,65) e ao Extremo Oeste de SC ao redor de R$ 35,11 (35,14) /saca. O milho argentino a R$ 50,78 (50,82) e o americano a R$ 57,38 (58,25) no oeste de SC”, conclui.