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Michael Schumacher: Família mantém seu estado de saúde em sigilo; mídia transforma em show luta do piloto pela vida
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Michael Schumacher trava uma luta pela vida desde que sofreu um acidente de esqui há quase seis anos, em Méribel, na França. O alemão teve graves lesões cerebrais, que o deixaram em coma, sobrevivendo com a ajuda de aparelhos. A família, discretíssima, repassa poucas informações à mídia. Mas isso nunca impediu conjecturas sobre a perspectiva de cura e as reais condições físicas do piloto.
Esse sensacionalismo mórbido acompanha a imprensa desde que os primeiros tabloides deram sua largada. E voltou ao pódio esta semana, com a especulação de um jornal francês sobre uma suposta internação de Schumacher – que estaria consciente – para se submeter a transfusões de células-tronco.
As informações oficiais, como esperado, nada confirmam. Mas especialistas são muito céticos e, a rigor, duvidam da solução de problemas neurológicos e de medula com esse tipo de abordagem, ainda experimental. A versão mais otimista considera, no máximo, a hipótese de se obter uma “ação anti-inflamatória sistêmica”.
Obviamente que todo esse espetáculo em torno da tragédia do heptacampeão da F1 chega às famílias de pacientes anônimos que se encontram em situação semelhante. E elas, é natural, se iludem e criam falsas esperanças – que podem vir a dobrar o sofrimento e a frustação de todos quando não se confirmam.
Não só os fãs de Schumacher torcem pela sua recuperação. O restabelecimento dele seria uma ótima notícia para toda a humanidade. Inaceitável é a falta de escrúpulos, a ausência de cuidado ao propagar fatos não confirmados – exatamente porque não se brinca com a vida de ninguém.