Mato Grosso
Metas do Planejamento Estratégico beneficiam comunidades de Juína
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Servidores da Prefeitura Municipal de Juína receberam esta semana mais um treinamento da Secretaria de Apoio às Unidades Gestoras (Saug) do Tribunal de Contas de Mato Grosso para gerenciamento do Planejamento Estratégico, executado a partir de 2012 e atualizado em 2016 pela Administração Pública Municipal. Juína aderiu ao Programa de Desenvolvimento Integrado (PDI) do TCE e já passou por vários treinamentos e oficinas. Dentre os projetos desenvolvidos pelo PDI, Juína vem se destacando quanto à participação dos cidadãos na vida pública do município e na realização de metas estabelecidas pelos conselhos municipais de políticas públicas. Até agora o município já cumpriu com mais de 70% das metas estabelecidas para todo o ano de 2018.
Ontem, dia 08/08, a técnica da Saug, Simone Rezende Albuquerque, teve reuniões com a coordenadora do PDI na Prefeitura de Juína, Viviane dos Anjos Pinheiro e a chefe de gabinete do prefeito Altir Peruzzo, Nadiley Soares Teixeira, discutindo o cumprimento das metas inseridas no Planejamento Estratégico e que devem ser inseridas no sistema GPE e monitoradas. “Em seguida vamos nos reunir com cada um dos secretários municipais e passamos ao treinamento. Estamos satisfeitos com o apoio do TCE e de toda a equipe do PDI, estamos visualizando os resultados e a comunidade está acompanhando de perto”, comentou a coordenadora. A interação entre o Poder Executivo e a comunidade local de Juína tem proporcionado resultados positivos. Segundo informou a coordenadora do PDI em Juína, acontecem reuniões mensais entre os secretários municipais e os presidentes de conselhos municipais. “Trabalhamos em conjunto e de forma organizada, discutimos os problemas e definimos juntos as soluções”, conta Viviane. Há dois anos, a Secretaria de Apoio Institucional do TCE que desenvolve o projeto de Acesso à Informação e à Consciência Cidadã do PDI realizou a oficina de incentivo ao Acesso à Informação e à Consciência Cidadã em Juína reunindo 18 conselhos municipais de políticas públicas. A comunidade apresentou suas demandas e as de maior relevância foram inseridas no Planejamento Estratégico.
A coordenadora do Projeto 2 do PDI, secretária de Articulação Institucional do TCE, Cassyra Vuolo, ressalta que o PDI tem evoluído muito em Juína, num esforço conjunto entre o gestor, secretários municipais e a comunidade. “Todos entenderam que é importante trabalharem juntos para elevar a eficiência dos gastos públicos e a qualidade dos serviços prestados à comunidade.”, contou Cassyra.
Fotos: Juina News
No ano passado, foi definido com a Prefeitura de Juína que os conselhos poderiam desenvolver atividades para colaborar na implantação das ações definidas pela comunidade, nas áreas de educação, saúde, desenvolvimento econômico, patrimônio da humanidade e gênero humano. “Assim já estão definidas as ações que cada conselho irá desenvolver até o final do ano. Então, o ciclo de gestão se completa, com a sociedade desenvolvendo democracia participativa fazendo sugestões aos gestores, acompanhando e monitorando as ações”, completou Cassyra Vuolo.
Quebradeira de castanha-do-brasil em Juína
O apoio ao desenvolvimento local sustentável inserido no Planejamento Estratégico de Juína e acompanhado pelos conselhos de políticas públicas proporcionou o surgimento da Cooperativa de Trabalho Sustentável da Amazônia Legal (COOAMA). Numa casa bem organizada no bairro Módulo 6, cerca de 38 mulheres trabalham no beneficiamento da castanha do Brasil, fornecidas pelas etnias indígenas: Cinta Larga e Rikbaktsa, coletores de castanha da região amazônica. Adelurde Custódio Oliveira Machado conta que as mulheres trabalham conforme a disponibilidade, “respeitando o cuidado com a família, principalmente os filhos pequenos”, conta.
A dona de casa Claudenete Araújo de Barros Pontes fica o dia todo na cooperativa, quebra as castanhas e entrega 20 quilos por dia. “Eu tiro aqui uma média de R$1.200,00 por mês e ajuda muito em casa. Gostamos muito desse trabalho”, disse. Ao todo a COOAMA beneficia cerca de 10 toneladas por mês de castanha, proporcionando trabalho para as mulheres carentes e cerca de 400 índios da Amazônia mato-grossense.