Amazonas
Mesmo com avanço da Delta, governador do AM mantém evento teste: ‘A gente precisa voltar à normalidade’
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O governador Wilson Lima (PSC) disse que o evento teste para três mil pessoas, que será realizado em setembro deste ano, em Manaus, está mantido mesmo com o avanço da variante Delta no estado. Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), 18 casos da nova cepa já foram identificados no Amazonas. A linhagem é conhecida por ser mais transmissível.
A declaração foi dada nesta segunda-feira (30), ao G1. De acordo com Lima, o evento vai possibilitar um retorno à normalidade.
“Já temos um parecer favorável da nossa Fundação de Vigilância em Saúde e a gente precisa, em algum momento, voltar à normalidade das nossas vidas. A gente precisa voltar às nossas atividades e quando a gente fala de uma programação como essa, não estamos falando apenas de diversão, mas estamos falando das famílias que estão envolvidas em todo esse trabalho”.
Segundo o governador, é preciso pensar em toda uma cadeia econômica que depende da realização do evento, como o pessoal envolvido na montagem e trabalhadores informais.
Ele também disse que apesar do avanço da nova variante, o estado não registrou nenhum agravamento em virtude da nova cepa e nem a transmissão comunitária do vírus, o que deu maior segurança às autoridades sanitárias.
O governador também não acredita que o Amazonas enfrente um aumento no número de casos por causa da variante, como ocorre no Rio de Janeiro. No estado, houve um crescimento do número de internações por infecções respiratórias.
“Não tivemos nenhum caso de agravamento. A gente não tem a questão da transmissão comunitária da delta aqui no estado. A situação que passa o Rio de Janeiro é uma situação diferente daquela que a gente passou aqui e também das nossas condições climáticas. Agora estamos no período de estiagem, período em que diminui muito as síndromes respiratórias. A gente não percebeu aumento significativos em razão dessa nova variante. Mas, de qualquer forma, temos um plano de contingência, estamos muito bem preparados, caso haja algum surto”.
Equipes de saúde municipais e estaduais em Benjamin Constant, no AM, para definir estratégias de combate à Covid — Foto: divulgação
Já em relação à variante Lambda, que gerou um surto de Covid em Islândia, no Peru, fronteira com os municípios de Benjamin Constant, Tabatinga e Atalaia do Norte, Wilson Lima disse que a situação está controlada. Ele também voltou a afirmar que o Amazonas não registrou nenhum caso da cepa em pessoas do lado brasileiro da fronteira.
“Nós mandamos uma equipe da FVS para lá, para reforçar a barreira sanitária. E não foi registrado nenhum caso dessa variante aqui no estado do Amazonas. Fizemos uma testagem em 400 pessoas, apenas 14 apresentaram Covid e não era dessa variante, além de não registrarmos nenhum caso de agravamento”.
Por fim, o governador também manteve o início da aplicação da dose de reforço para o dia 15 de setembro. Segundo ele, apesar de estados, como São Paulo, anunciarem a vacinação para o início do mês, o Amazonas vai seguir o que foi preconizado pelo Ministério da Saúde.
“Dia 15 de setembro foi o prazo estabelecido pelo Ministério da Saúde. E a gente vai seguir as orientações do Ministério. O início dessa aplicação vai depender de como a gente vai avançar na vacinação dos outros grupos e faixas etárias, e também a segunda dose. As pessoas que vão tomar a segunda dose são aquelas que têm comorbidades, depois os idosos, seguindo todo o cronograma do PNI”.
Retorno das aulas no interior e mutirão de vacinação
Não há mais distanciamento entre carteiras. — Foto: Matheus Castro/G1
Wilson Lima também manteve o retorno das aulas no interior do estado para o dia 8 de setembro. Segundo ele, estudos mostram que o ambiente escolar é seguro e por isso a Secretaria de Educação do Amazonas (Seduc) vai manter a volta às atividades. Na capital, o retorno ocorreu há uma semana.
Sobre o mutirão de vacinação que ocorreu em Manaus nesse fim de semana, Lima comentou que os dados mostraram que houve uma procura muito grande da população em relação à primeira dose do imunizante:
“Das 85 mil pessoas que compareceram ao mutirão, 20 mil foram em busca da primeira dose. Isso significa que ainda tem muita gente que precisa ser vacinada, apesar dos avanços que a gente teve”.
G1.globo.com