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Menino de 12 anos pisa em jararaca em sítio, é picado e está internado há 8 dias em MT


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Um menino, de 12 anos, está internado há oito dias depois que foi picado por uma jararaca no sítio onde mora com a família no município de Sorriso, a 420 km de Cuiabá.

Ele estava sentado em uma cadeira na frente da casa, na companhia dos pais e de outras crianças, e mexia no celular. O incidente ocorreu no dia 30 de junho.

A madrasta do garoto, Natacha Oliveira, de 20 anos, contou ao G1 que o enteado está internado no Hospital Regional de Sorriso e não tem previsão de alta.

“Ele estava sentado, mexendo no celular, e se levantou para tomar água. Nisso ele pisou na cobra e foi picado duas vezes no pé direito. Foi um susto, ficamos apavorados”, disse a madrasta ao G1.

A cobra teria se aproximado sem que ninguém percebesse. Eles estavam sentados em cadeiras sobre a grama.

“O levamos para o hospital, mas não tinha soro específico. Conseguiram trazer a medicação de Sinop [município a 503 km da capital]. Ele teve que drenar a perna. O pé e o joelho estão inchados”, completou Natacha.

Foto tirada pela família mostra pé inchado do menino atacado pela cobra em Sorriso — Foto: Arquivo pessoal

Foto tirada pela família mostra pé inchado do menino atacado pela cobra em Sorriso — Foto: Arquivo pessoal

Mato Grosso tem registrado falta de soro e antídotos contra cobras e animais peçonhentos principalmente nas regiões localizadas no norte.

Na sexta-feira (5) outro menino, de 10 anos, foi picado por uma cobra na cama enquanto dormia em uma fazenda no município de Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá.

A cobra fugiu depois do ataque e não foi encontrada pela família. Apenas a pele dela foi localizada perto da casa um dia depois.

“Ainda sai muito pus e sangue do pé e ele sente um pouco de dor. Ele ainda está internado e os médicos não deram previsão enquanto ele não estiver 100% recuperado”, finalizou.

A Prefeitura de Sorriso informou que não conta com um estoque de soro. Todo medicamento que chega já é enviado automaticamente ao Hospital Regional de Sorriso. Até a semana passada o hospital tinha apenas quatro doses disponíveis.

Orientações

Em locais propícios à presença de animais peçonhentos, deve-se utilizar equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas de couro e botas de cano alto ou com perneiras. Não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras.

Adotar medidas preventivas quando realizar atividades de limpeza, deslocamento de móveis e outros objetos, pois serpentes, escorpiões e aranhas podem estar nas frestas, superfícies ou cantos. Examinar calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las.

Nos sítios e chácaras manter uma área limpa em volta da casa, sem mato e, quando for aos pomares, seguir as orientações dos hábitos desses animais, pois a maioria deles gosta de ficar em cascas de árvores, escondidos entre as folhas do solo, debaixo de pedras, em locais úmidos e escuros.

Os animais peçonhentos injetam veneno pelo ferrão, dente, aguilhão e cerda urticante. Ao encontrar algum animal peçonhento em qualquer situação, afaste-se com cuidado, evite assustá-lo ou tocá-lo, mesmo que pareçam mortos.

Na ocorrência de acidente, mantenha a vítima calma, evitando movimentos desnecessários, e com o membro acometido mais elevado em relação ao restante do corpo, caso seja possível. A vítima deve ser levada o serviço de saúde do SUS com urgência. Se possível, e caso não apresente risco de um novo acidente, o animal agressor deve ser levado com a vítima.

A identificação do animal responsável pelo acidente facilita o diagnóstico e tratamento.

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