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Menina de 10 anos leva mais de 30 pontos na cabeça após ser atacada por pit bull em RO


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Uma menina de 10 anos está internada no Hospital Regional, após ter sido atacada por um cão da raça pit bull, em Vilhena (RO), na região do Cone Sul. O incidente aconteceu no domingo (23), no Bairro Bodanese. Ela sofreu ferimentos pelo corpo, mas principalmente na cabeça, onde recebeu mais de 30 pontos. O estado de saúde da criança é estável, mas ainda não há previsão de alta.

Familiares contaram ao G1 que a menina foi dormir na residência da irmã, de 15 anos. A adolescente mora com outra família e na casa há um pit bull. A criança não conhecia o animal e entrou no quintal acompanhada da irmã.

“Eu cheguei e o cachorro foi me cheirar. Eu pensei que era normal, mas na metade do quintal, ele me atacou pelas costas; pegou meu cabelo e me jogou no chão, e depois não me lembro de mais nada. Só lembro quando o vizinho tirou ele de cima de mim e eu sentei numa cadeira”, conta a vítima Rafaely de Oliveira Araújo.

Vizinhos ouviram os gritos e conseguiram afastar o cachorro da menina. De acordo com o Corpo de Bombeiros, os militares encontraram a criança sentada em uma cadeira, na frente da residência, rodeada por populares. Ela apresentava sangramento intenso na cabeça e diversas marcas de mordidas pelo corpo.

A criança foi levada consciente para o Hospital Regional. “Eu cheguei ao hospital e encontrei ela toda ensanguentada. Estavam cortando o cabelinho dela para costurar os cortes. Foi Deus que livrou minha filha”, diz a dona de casa, Valdirene Moura de Oliveira, mãe de Rafaely.

Segundo a mãe, a menina deve passar por um exame de tomografia para verificar se haverá alguma sequela, em virtude da profundidade dos cortes na cabeça. Ela se recupera bem e está otimista com o tratamento.

Mãe acompanha tratamento da filha — Foto: Eliete Marques/G1

Mãe acompanha tratamento da filha — Foto: Eliete Marques/G1

“Fiquei bastante triste quando cortaram meu cabelo, mas ele vai crescer de novo. Quero ir logo para casa”, diz a menina de olhos claros, com um sorriso.

Valdirene acompanha a filha e faz um alerta para as pessoas. “Se chegar em uma casa onde tem cachorro, grande ou pequeno, seja qual for a raça, tem que esperar do lado de fora até prender o cachorro, para poder entrar. Minha filha maior não agiu assim, porque já conhecia o cachorro, mas foi um erro. É preciso ter cuidado”, enfatiza.

G1 foi até o endereço onde aconteceu o ataque e encontrou duas adolescentes de 15 anos, uma delas a irmã de Rafaely. A mãe da outra jovem estava no trabalho. Elas contaram que o cachorro tem dois anos e nunca havia mordido ninguém.

Rafaely está ansiosa para ir para casa — Foto: Eliete Marques/G1

Rafaely está ansiosa para ir para casa — Foto: Eliete Marques/G1

Corpo de Bombeiros

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Vilhena, em 2017, a corporação foi chamada para atender dois ataques de cães. Nesse ano, foram oito atendimentos até agora. O tenente Jonas Ferreira explica que os cães, em sua maioria, são territorialistas.

“No caso desse incidente, a criança não morava na residência; era uma pessoa estranha ao habitat do animal, que quis defender o território dele”, ressalta.

O tenente adverte que, em casos de ataque, a vítima não deve reagir. “Se não conseguir dominar o animal, tente ficar o mais parado possível e não olhe diretamente para o animal. Qualquer movimento que faça, o animal vai está entendendo que você está agredindo ele. O recomendado é deitar no chão, em posição fetal e tentar proteger o rosto e o pescoço”, salienta.

Imagem abaixo é forte — Foto: Foto: G1

Imagem abaixo é forte — Foto: Foto: G1

Rafaely levou mais de 30 pontos na cabeça — Foto: Eliete Marques/G1

Rafaely levou mais de 30 pontos na cabeça — Foto: Eliete Marques/G1

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