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Médico esclarece mitos e verdades sobre a enxaqueca


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Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 15% dos brasileiros sofrem de enxaqueca. Outro levantamento da Sociedade Brasileira de Cefaleia indica que 13 milhões de brasileiros sofrem com dores de cabeças diárias.

Segundo o doutor em ciências médicas pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e consultor do Comitê Umami, José Henrique Silva, o problema deve ser tratado com seriedade e pode estar associado à genética e a agentes precipitantes, tais como mudanças hormonais, estresse, dormir excessivamente ou insônia.

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“Quem sente fortes dores de cabeça, muitas vezes, acaba se automedicando. Sem orientação de um especialista, o paciente acaba vivendo rodeado de dúvidas sobre os sintomas e tratamentos”, ressalta o especialista. E para auxiliar as pessoas que sofrem desse mal, José Henrique listou as principais dúvidas e esclareceu o que é mito e o que é verdade sobre as causas da enxaqueca.

Confira:

Quem não dorme bem tem mais chances de sofrer com a enxaqueca. Verdade.

Após uma noite mal dormida é comum ficar irritado e com dor de cabeça, certo? O especialista explica que tanto o excesso quanto a falta de sono podem precipitar uma crise de dor de cabeça. “De acordo com um estudo coreano, pessoas com insônia apresentam cerca de três vezes mais enxaqueca e quase o dobro de outras cefaleias, quando comparadas àquelas sem o distúrbio do sono”, exemplifica.

As crianças estão livres da enxaqueca. Mito.

A dor de cabeça não é um incômodo exclusivo dos adultos. Pesquisas apontam que o problema atinge entre 3% e 10% das crianças e dos adolescentes. “A dificuldade em descrever o que sente pode adiar o diagnóstico das crianças. Por isso, é recomendado que os adultos fiquem de olho no comportamento dos pequenos. Alteração no humor, ansiedade e problemas com alimentação podem ser sinais de enxaqueca, especialmente se os pais apresentarem a mesma doença”, explica.

Exercícios físicos são recomendados para quem sofre com a enxaqueca. Verdade.

Até o momento, estudos mostraram que o exercício físico reduz a intensidade das crises de dor de cabeça, sem, no entanto, reduzir a frequência com que elas ocorrem. “O exercício físico deve ser encorajado para todos os pacientes, diante do potencial de prevenção da obesidade e de doenças cardiovasculares às quais os pacientes com enxaqueca estão mais propensos”, destaca.

Glutamato monossódico causa enxaqueca. Mito.

O uso do glutamato monossódico na alimentação foi ligado à incidência de enxaqueca durante anos. Entretanto, o médico informa que a nova versão da Classificação Internacional das Cefaleias (ICHD-3, International Classification of Headache Disorders), que cita as substâncias que originam os sintomas de dor de cabeça e que foi divulgada no início de 2018, retirou o glutamato monossódico desta lista, derrubando mais um mito. “Não há evidências de que glutamato monossódico possa causar cefaleia”, finaliza.

#DicasDoDoutor

Deve-se notar que os gatilhos podem ser diferentes para cada pessoa, justificando o fato de que nem todos melhoram da enxaqueca após inserir novos hábitos no dia a dia. José Henrique explica que é importante o acompanhamento de um especialista e faz algumas recomendações para ajudar na redução das crises de enxaqueca:

  • Mantenha-se hidratado;
  • Siga as recomendações médicas – evite a automedicação;
  • Inclua a prática de exercícios físicos na sua rotina, sempre reconhecendo seus limites;
  • Aposte em uma alimentação saudável;
  • Mantenha as horas de sono reguladas.
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