Agronegócios
Medicamentos humanos afetam comportamento dos peixes
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Medicamentos em humanos que atuam em importantes sistemas de sinais do cérebro tornam os peixes mais ousados, mostra um novo estudo sobre espinhos de três espinhos. Os resultados reforçam que as substâncias sinalizadoras serotonina e dopamina desempenham um papel importante nas diferenças comportamentais entre os indivíduos.
O indivíduo dentro de uma espécie geralmente mostra personalidades diferentes, que são expressas como diferenças consistentes no comportamento. No entanto, permanece amplamente desconhecido o que causa essas diferenças. Pesquisas anteriores sugeriram uma correlação entre diferenças no comportamento de indivíduos e várias substâncias sinalizadoras no cérebro, como serotonina e dopamina.
Essas substâncias sinalizadoras também desempenham um papel fundamental em certas doenças humanas, e vários medicamentos que regulam sua função são frequentemente usados. A depressão, por exemplo, é frequentemente tratada com medicamentos que reforçam o efeito da serotonina, enquanto medicamentos que afetam o sistema dopamina são usados para tratar, por exemplo, a doença de Parkinson.
Os resultados mostram que os peixes se comportaram com mais ousadia quando o sistema de serotonina estava sob a influência da droga. A diferença de comportamento surgiu após o peixe ter sido exposto à droga por 18 dias. Um efeito semelhante surgiu quando os peixes foram expostos à droga que influencia o sistema dopamina.
“Nosso estudo mostra que o comportamento dos peixes pode mudar quando expostos a drogas que influenciam as substâncias sinalizadoras da serotonina e dopamina. Em outras palavras, a disseminação de nossas drogas e resíduos de drogas no ambiente pode ter consequências para os animais”, diz Robin Abbey-Lee, pesquisadora do Departamento de Física, Química e Biologia da Universidade de Linköping, na Suécia, que liderou o estudo.