Mato Grosso
Max Russi: federação entre PSB e PT criaria constrangimento em Maro Grosso
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Presidente do PSB em Mato Grosso, o deputado estadual Max Russi (PSB) afirmou nesta segunda-feira (17) que ficaria em uma posição muito desconfortável perante os colegas de partido no Estado se o Diretório Nacional decidir seguir para as eleições de outubro em uma federação com o Partido dos Trabalhadores.
Isso porque, segundo Russi, ele fez diversos convites a correligionários para se colocarem na disputa por vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, planos que seriam arruinados caso uma aliança seja fechada pelo partido.
“Se a Federação realmente se efetivasse, o que acho difícil de acontecer, eu teria muita dificuldade, porque convidei muitos vereadores e pessoas para disputar as eleições deste ano para deputado estadual e federal”, afirmou, em entrevista à Rádio Capital.
Teria que chegar para 10 ou 15 companheiros, amigos, e falar que não teria mais a vaga e que ele precisaria procurar outro partido para dar continuidade ao seu projeto
Russi citou como exemplo o fato de que na chapa para deputados estaduais, há 25 vagas para candidatos e que o PSBB já tem 26 pré-candidatos. A federação com o PT colocaria o atual presidente do Diretório Estadual em uma “saia justa”.
“Se tiver uma federação, teria que sair dividindo essas 25 vagas com os outros partidos. Teria que chegar para 10 ou 15 companheiros, amigos, e falar que não teria mais a vaga e que ele precisaria procurar outro partido para dar continuidade ao seu projeto”, disse.
O parlamentar afirmou ainda que o partido galgou uma posição de destaque em Mato Grosso nas últimas eleições, sendo hoje o terceiro maior do Estado em número de prefeitos e vereadores, o que também poderia ser afetado com uma aliança de quatro anos, como ocorre nas federações.
“Particularmente, acho a federação muito difícil, porque é um casamento de quatro anos, afeta inclusive as eleições municipais, e eu não vejo a disposição do PT de abrir espaço, porque quer disputar em todos os Estados, e o PSB tem candidatos bons em vários estados”, avaliou.
“A federação me deixaria com bastante dificuldade dentro do Estado, e eu votei inclusive contra, mas perdi na votação”, lamentou.
Permanência no partido
Atualmente presidente da Assembleia Legislativa, Russi afirmou que recebeu convites de alguns partidos para mudar de legenda, como PSDB, MDB e Republicanos, assumiu proximidade com o PDT, mas negou a intenção de migrar de legenda para as eleições de outubro deste ano.
“Eu estou feliz no PSB. […] A gente trabalha muito próximo do PDT aqui no Estado, tenho uma relação com o deputado Allan [Kardec], e acho que o Ciro [Gomes] é um bom candidato à presidência da República. Mas continuo no PSB”, afirmou.