Conectado por

Featured

Mato Grosso tem taxa de mortalidade acima da média


Compartilhe:

Publicado por

em

No período de 1980 a junho deste ano, foram 13.092 ocorrências da doença detectadas em todo o território mato-grossense.

Em 2017, 764 casos novos de HIV foram diagnosticados e 737 de aids foram notificados em Mato Grosso. No período de 1980 a junho deste ano, foram 13.092 ocorrências da doença detectadas em todo o território mato-grossense, que seguindo uma tendência nacional registrou um declínio de 3,4% na taxa de detecção de aids passando de 23.1 casos por 100 mil habitantes para 22,3/100 mil, em 2017. No Estado, a taxa de mortalidade é de 5,6/100 mil, acima da nacional.

Porém, o coeficiente estadual se manteve superior a nacional que é de 18,3/100 mil indivíduos. Em Cuiabá, a taxa foi de 30,6 casos/100 mil indivíduos. Dados como estes fazem parte do novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (MS), divulgado na última terça-feira (27), em Brasília. Na oportunidade, o Ministério também lançou uma nova campanha publicitária lembrando os 30 anos do Dia Mundial de Luta contra a Aids. Os dados têm como base as notificações no Sinan, declarados no SIM e registrados no Siscel/Siclom.

Conforme o Ministério da Saúde, nesses anos de luta contra o HIV e a aids, o país atinge um registro de queda no número de óbitos pela doença. Em nível nacional, o levantamento mostra que a taxa de mortalidade passou de 5,7 por 100 mil habitantes, em 2014, para 4,8 óbitos, em 2017. Para o MS, a garantia do tratamento para todos, lançada em 2013, e a melhoria do diagnóstico contribuíram para a queda no número de mortes, além da ampliação do acesso à testagem e redução do tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento.

No Estado, a doença respondeu por 3.950 óbitos, entre 1980 e 2017. Do total, 206, no ano passado e, 221, em 2016. Já o coeficiente estadual de mortalidade, no ano passado, foi de 5,6 por 100 mil pessoas, superior à média nacional. Em Cuiabá, esse coeficiente é 4,3/100 mil.

A pesquisa mostra ainda que no Brasil, em 2017, foram diagnosticados 42.420 novos casos de HIV e 37.791 casos de aids, com uma taxa de detecção de 18,3/100.000 habitantes (2017), totalizando, no período de 1980 a junho de 2018, 982.129 casos de aids detectados no país. Desde o ano de 2012, observa-se uma diminuição na taxa de detecção de aids no Brasil, que passou de 21,7/100.000 habitantes (2012) para 18,3/100.000 habitantes em 2017, configurando um decréscimo de 15,7%.

Conforme o governo, essa redução na taxa de detecção tem sido mais acentuada desde a recomendação do “tratamento para todos”, implementada em dezembro de 2013. Como a notificação da infecção pelo HIV ainda está sendo absorvida pela rede de vigilância em saúde, não são calculadas as taxas referentes a esses dados.

Ainda no Estado, a pesquisa mostra que, entre 2007 e este ano, ocorreram 3.408 novos casos de HIV, no Estado. Do total, 220 foram até junho de 2018. A maior detecção foi em 2017, com 764 notificações. Em 2016, foram 576 casos e, em 2015, 529 notificações. Entre as gestantes, foram 1.902 registros nos últimos 18 anos (entre 2000 e 2018). Já Cuiabá, ocupou a 20ª colocação no ranking da taxa de detecção 2,3/1.000 nascidos vivos de gestantes com HIV, em 2017.

No mesmo ano, o ranking das unidades da federação referente às taxas de detecção de aids mostrou que os estados de Roraima e Amapá apresentaram as maiores taxas, com 36,8 e 29,8 casos por 100 mil habitantes, respectivamente. Além disso, observou-se que, 14 estados apresentaram taxas inferiores à nacional, sendo o Acre o estado com a menor taxa: 8,8 casos/100 mil habitantes.

Já entre as capitais, apenas Rio Branco e Brasília tiveram taxas inferiores à nacional, sendo elas 14,6 e 14,3 casos/100 mil habitantes, respectivamente. Porto Alegre apresentou taxa de 60,8 casos/100 mil habitantes, em 2017, valor superior ao dobro da taxa do Rio Grande do Sul e 3,3 vezes maior que a taxa do país. Quando analisadas as taxas de detecção de aids entre menores de cinco anos, Mato Grosso ficou abaixo da média nacional de 2 casos/100 mil. Já a capital, foi de 5/100 mil pessoas.

O Ministério da Saúde reforça que o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza teste rápidos para a detecção do vírus nas unidades de saúde do país. Em 2018, foram distribuídos 12,5 milhões de unidades. Como a detecção do vírus impacta no início precoce do tratamento, a partir de janeiro também haverá na rede pública a oferta do autoteste de HIV para populações-chave e pessoas/parceiros em uso de medicamento de pré-exposição ao vírus.

No ano que vem, serão distribuídas 400 mil unidades, inicialmente como um projeto piloto nas cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Florianópolis, Salvador, Porto Alegre, Belo Horizonte e Manaus. O autoteste de HIV já é vendido nas farmácias privadas do país, mas os resultados não podem ser utilizados para o diagnóstico definitivo.

Em caso de resultado positivo, o Ministério da Saúde orienta que o usuário busque o serviço de saúde para testes complementares. Nas caixas de autoteste de HIV, distribuído pelo SUS, haverá um número 0800 do fabricante para tirar dúvidas e dar orientações aos usuários. Este serviço funcionará 24 horas e 7 dias por semana. Além disso, o usuário pode tirar dúvidas pelo Disque Saúde 136 e no site www.aids.gov.br/autoteste.

Além da testagem, o Governo Federal também financia o tratamento para o HIV/aids no país. Desde 2013, os medicamentos (antirretrovirais) podem ser acessados nas unidades de saúde pelos soropositivos, independente, da quantidade de vírus que eles apresentarem no corpo. Desde a introdução do tratamento para todos, até setembro deste ano, 585 mil pessoas com HIV/aids estavam em tratamento no país. A maioria, 87%, fazem uso do dolutegravir, um dos melhores medicamentos do mundo que está disponível gratuitamente no SUS.

O medicamento aumenta em 42% a chance de supressão viral (que é diminuição da carga viral do HIV no sangue) entre adultos, quando comparado ao tratamento anterior, usando o efavirenz. Além disso, a resposta virológica com o dolutegravir é mais rápida: no terceiro mês de uso mais de 87% os usuários já apresentam supressão viral, segundo estudos realizados pelo Ministério da Saúde.

Clique para comentar

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Publicidade
https://rondonia.ro.gov.br/portal/



Desenvolvimento
 Bônus de boas-vindas
Desenvolvimento: Portalrondonia.com