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Mato Grosso tem risco de epidemia de febre chikungunya
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Mato Grosso lidera a lista de alto risco de transmissão de febre chikungunya no país. De acordo com dados divulgados no último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde (MS) de janeiro a junho do ano de 2018, foram registrados 380 casos novos da doença para cada 100 mil habitantes e, no mesmo período de 2017, foram apenas 83 casos notificados a cada 100 mil habitantes em todo o estado.
Dados como estes levaram a Superintendência de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (Ses/MT) a emitir nova informativa de alerta aos municípios mato-grossenses para o risco de ocorrerem surtos ou epidemia de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti como dengue, zika e a chikungunya.
Conforme a nota, Mato Grosso é endêmico para estas doenças e vários são os fatores que contribuem para isso, entre eles, sociais e ambientais, além de ser um estado com extensas localizações geográficas e diferentes tipos de bioma.
“Alertamos para a necessidade de se intensificar a vigilância das doenças transmitidas por Aedes, considerando não somente a possibilidade de surtos e epidemias nos municípios do estado, mas também pelo significativo número de óbitos por complicações dessas arboviroses confirmadas por laboratórios no Estado durante anos anteriores”, informou a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Alessandra Moraes, por meio da assessoria de imprensa.
Os dados também apontam que o município de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, é o que tem apresentado o maior número de notificações da febre chikungunya, do início do ano até agora, período em que foram registrados mais de 10 mil casos somente na cidade.
Diante do cenário, a Ses/MT reforça a importância do envolvimento dos gestores nos três níveis de governo (federal, estadual e municipal) e demais segmentos da sociedade organizada, por meio de ações articuladas para combate do vetor transmissor da doença. Também solicita aos gestores e profissionais de vigilância em saúde, da atenção primária, unidades de urgência e emergência e demais profissionais de saúde a atenção especial às estratégias.
Entre elas, intensificar as ações de prevenção em parceria com os agentes de combates de endemias e agentes comunitários de saúde de forma articulada e de acordo com o cenário de risco e de transmissão apresentado.
“Todos os municípios devem dimensionar a rede de saúde para atender aos pacientes com dengue, zika e chikungunya nos três níveis de complexidade, que são o primário, secundário e terciário, incluindo o fluxo para realização dos exames laboratoriais”, alerta a representante do órgão estadual. Os casos graves e de óbitos devem ser imediatamente comunicados (em 24 horas) à Vigilância Epidemiológica.