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Mato Grosso notifica 35 casos e investiga 3 mortes por influenza


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Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) notificados, de janeiro até a primeira quinzena deste ano, já superam o número registrado no mesmo período de 2018. Boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (Ses/MT) mostra que, agora em 2019, 35 pessoas apresentaram sintomas da SRAG, sendo que três evoluíram para óbito. Um dos casos, com cura, já foi confirmado para influenza “A H1N1pdm9”. Os demais estão sob investigação. No ano passado, no mesmo tempo analisado, foram 31 casos.

Em 2018, ocorreram sete óbitos, sendo que seis foram confirmados. Destes, dois por influenza “A H1N1”, dois de influenza “A H3” sazonal, um por influenza “B”, onde todos evoluíram para cura e um de Influenza “A” não subtipado evoluído para óbito e 25 por outros vírus respiratórios. Conforme a Ses, a morte confirmada por “A H1N1” deste ano ocorreu em Água Boa (729 quilômetros, ao nordeste de Cuiabá).

Às secretarias municipais, a Ses vem recomendando algumas ações. Entre elas, disseminar aos serviços de saúde públicos e privados o “protocolo de tratamento de influenza-2017”, com ênfase no tratamento oportuno dos casos de SRAG e de SG com condições e fatores de risco e divulgar amplamente à população as medidas preventivas contra a transmissão do vírus influenza (etiqueta respiratória e lavagem das mãos) e informações sobre a doença, com a orientação de busca de atendimento médico em caso de sinais e sintomas compatíveis.

A Ses orienta também a notificação e considera todos os casos e óbitos suspeitos que atendam a definição de caso de SRAG no sistema Sivepgripe, independente de coleta ou resultado laboratorial. “Manter estoque de kit-Influenza para coleta da nasofaringe nas unidades hospitalares”, frisa.

Os sinais ou sintomas da síndrome são febre superior a 38°C, com duração em torno de três dias, dor de cabeça, dor nos músculos, calafrios, prostração, tosse seca, dor de garganta, espirros e coriza, pele quente e úmida, olhos hiperemiados e lacrimejantes, garganta seca, rouquidão e sensação de queimor retroesternal ao tossir, aumento dos linfonodos cervicais, sintomas gastrintestinais (diarreia), fraqueza e náuseas.

Algumas das dicas para prevenir a doença são lavar as mãos com frequência, em especial ao retornar para casa, antes de preparar e/ou consumir qualquer alimento, usar lenço descartável ao tossir ou espirrar. Lavar também os brinquedos das crianças mesmo quando não estiverem visivelmente sujos; o doente deve usar máscara e evitar contato com familiares portadores de doenças crônicas e gestantes.

Também é indicado evitar aglomerações de pessoas e ambientes fechados, em especial na época de epidemia; evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; evitar sair de casa enquanto estiver em período de transmissibilidade da doença (até 5 dias após o início dos sintomas); adotar hábitos saudáveis na alimentação e ingerir muito líquido. Os grupos de riscos devem ser vacinados contra influenza para a prevenção da doença e suas consequências.

Nacionalmente, o Ministério da Saúde antecipou a campanha nacional de vacinação contra a gripe para a primeira quinzena de abril (de 10 de abril a 31 de maio), cerca de 15 dias mais cedo que nos anos anteriores, que costumavam ocorrer na segunda quinzena do mesmo mês. Nesta primeira etapa nacional, que começa no dia 10 de abril, serão priorizadas as crianças de um a seis anos de idade, gestantes e puérperas em decorrência da vulnerabilidade desse público. A partir do dia 22 de abril, todo o público-alvo da campanha poderá se vacinar.

Fazem parte do público prioritário gestantes, puérperas, crianças de um a menores de seis anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores de saúde, povos indígenas, idosos, professores de escolas públicas e privadas, pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas, além de funcionários do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade.

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