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Mato Grosso liderou queimadas no Brasil em 2022


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Mato Grosso foi Estado que mais queimou, entre janeiro e dezembro de 2022, seguido do Pará e do Tocantins.

Somente no Estado, o fogo consumiu 3,6 milhões de hectares ao longo do ano passado, superando em 7% o ano de 2021, quando 3,3 milhões de hectares foram destruídos pelas chamas.

Os dados são do Monitor do Fogo do MapBiomas, que mostram que 16,3 milhões de hectares foram queimados ao longo do ano passado no país, uma área equivalente ao estado do Acre.

Esse número representa um crescimento de 14% em relação a 2021.

Em 2022, o território mato-grossense registrou 29.039 focos de calor, superando o ano anterior (2021), quando foram contabilizados 22.520 pontos de queimadas, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Os dados do MapBiomas mostram ainda que a área de florestas queimadas em 2022 quase dobrou: foram cerca de 2,8 milhões de hectares, um crescimento de 93% em relação ao ano anterior.

Desse total, 85% ocorreram na Amazônia. Da área total queimada nesse bioma, ao longo de todo o ano passado, 70% ocorreram nos meses de agosto, setembro e outubro.

No Cerrado, foram 7,4 milhões de hectares (45% do total) queimados em 2022.

A boa notícia veio da Mata Atlântica e do Pantanal, que apresentaram a menor área queimada nos últimos quatro anos. Em relação a 2021, a redução foi de 85% no caso do Pantanal.

Em 2022, o fogo atingiu prioritariamente vegetação nativa, que respondeu por 70% de tudo que foi queimado no ano passado; a maioria, em formações savânicas e campestres.

Dentre os tipos de uso agropecuário destruídos, no ano passado, as pastagens se destacaram, representando 25% da área queimada.

O fogo é a forma mais rápida e barata para limpar uma área desmatada. A relação é direta, quanto maior a taxa de desmatamento, maior o uso do fogo na região, conforme o MapBiomas.

Mato Grosso também foi o estado que mais queimou no Cerrado, junto com o Tocantins e Maranhão.

Os 7,4 milhões de hectares queimados no bioma representaram um aumento de 18% em relação ao ano anterior.

Apesar da área queimada em dezembro passado ter diminuído em relação aos meses anteriores, ainda assim foi 207% maior na comparação com dezembro de 2021 (ou 37 mil hectares a mais), com destaque para a concentração do fogo no norte do bioma

. Já toda a área queimada no Pantanal em 2022 foi a menor nos últimos quatro anos, mas em dezembro de 2022 foram queimados 17.984 hectares.

DEZEMBRO – Somente em dezembro passado houve um salto de 90% na área queimada em relação ao mesmo mês de 2021: 332 mil hectares, ou 157 mil hectares a mais que no ano anterior.

Desse total, 71% ocorreram na Amazônia, que foi o bioma com maior área queimada no Brasil em dezembro de 2022, com 234.723 mil hectares. Em relação a novembro de 2022, o crescimento foi de 101%.

Mais da metade (58%) da área queimada no último mês do ano passado foi em vegetação nativa, a maioria em formações florestais (90 mil hectares queimados), que representou 27% da área queimada no mês.

Dentre os tipos de uso antrópico mais queimado em dezembro de 2022, as pastagens se destacam, com 38% do total queimada no mês. Mas na Amazônia, a pastagem foi a classe de uso da terra que mais queimou, com 51% da área total queimada no bioma em dezembro de 2022.

OUTRO LADO – O Governo de Mato Grosso garantiu que tem trabalhado e investido no combate às queimadas e ao desmatamento ilegal.

Nos últimos quatro anos, o investimento na prevenção contra estes tipos de crimes ambientais chegou a R$ 180 milhões.

Dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) apontam que, no período, foram 27 mil alertas de desmatamento atendidos, 1,2 milhões de hectares embargados e mais de R$ 5,2 bilhões em multas ambientais aplicadas.

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