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Marinha: Óleo que atinge o NE não foi produzido ou comercializado no Brasil


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Brasília – A Marinha levanta quais foram os navios que passaram tanto na costa jurisdicional brasileira – até o limite de 200 milhas náuticas – quanto fora dela para tentar identificar a origem do óleo que atingiu as praias do Nordeste brasileiro. Em coletiva de realizada nesta tarde, no Recife, o almirante de esquadra Leonardo Puntel explicou que o governo tem certeza de que o óleo não foi produzido ou comercializado no Brasil e provavelmente teve origem no Oceano Atlântico. “Local está sendo identificado”, afirmou.

Segundo o almirante, a Marinha trabalha com “todas as possibilidades” em relação à origem do vazamento. Ele citou, por exemplo, que o óleo pode ter vazado durante um procedimento de troca de carga entre navios – o chamado ship to ship – ou durante uma lavagem de tanque.

O almirante afirmou ainda que o óleo voltou a aparecer na região de Aracaju no início da tarde desse domingo. Também há manchas em Pernambuco, nas redondezas do porto de Suape. Nos demais Estados, disse, não há novos registros de manchas. “Hoje, nos registros que nós temos, existe algumas manchas na praia do Atalaia, em Aracaju, e o óleo na região de Suape, no entorno do porto, e na região do cabo de Santo Agostinho”, disse.

Puntel explicou ainda que o óleo vazado é cru e muito pesado, que viaja pouco abaixo da superfície, o que traz dificuldades na identificação. Segundo ele, as manchas não são detectadas pelos radares e o governo tem se valido de aeronaves que varrem a costa para tentar identificar as manchas.

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Azevedo, explicou que em regiões onde há muitos corais, há uma dificuldade extra, uma vez que parte do óleo fica retido nos corais e, na próxima maré, acaba sendo levado para novas praias.

O secretário estadual do Meio Ambiente do Pernambuco, José Bertotti, solicitou, também durante a coletiva, mais equipamentos e apoio na contenção, além de mais barreiras. Uma ação civil pública foi ingressada pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Ministério Público na Bahia para obrigar o Ibama a instalar barreiras de proteção.

Em resposta, Azevedo afirmou que as barreiras de contenção não são efetivas para conter esse tipo de óleo. “Não há barreira que segure esse óleo, por conta da densidade, da maré. Não somos contra barreiras, somos a favor de barreiras onde tecnicamente elas são viáveis”, disse. Segundo os técnicos, o óleo é similar a um piche e perigoso para contato com a pele.

Marinha informou que governo vai cobrir custos de limpeza
A Marinha informou que o governo federal vai cobrir todos os custos dos órgãos dos três entes da federação que trabalham para limpar a costa. Puntel não deu números, mas afirmou, na tarde deste domingo, que a União fará os repasses.

Puntel afirmou que, até o momento, há registro de óleo apenas em Aracaju, na praia de Atalaia, e em Pernambuco, na região de Suape, no entorno do porto, e no cabo de Santo Agostinho. Os demais Estados do Nordeste não tiveram novos registros de vazamentos. Segundo o almirante, desde o início dos registros de manchas, o local mais ao sul em que o óleo foi encontrado foi na Bahia, próximo a Salvador. A região já teria sido limpa.

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Azevedo, emendou que, até agora, há registro de 67 animais “oleados”. Destes, 14 tartarugas mortas. Segundo ele, apesar das perdas, o impacto ambiental tem sido menor do que o estimado inicialmente, diante da dimensão da área em que as manchas apareceram.

Puntel afirmou que o governo tem tido dificuldade de identificar a origem do óleo. Por se tratar de um petróleo cru e muito pesado, o vazamento viaja abaixo da superfície. Segundo ele, as manchas não são detectadas pelos radares e o governo tem utilizado aeronaves para tentar identificar as manchas.

Ele informou ainda que já se sabe que o óleo não foi produzido ou comercializado no Brasil. Puntel explicou que a Marinha não descarta nenhuma possibilidade sobre a origem. Citou, por exemplo, que o vazamento pode ter ocorrido durante um procedimento de troca de carga entre navios – o chamado ‘ship to ship’ – ou durante uma lavagem de tanque. Segundo ele, a Marinha levanta quais foram os navios que passaram tanto em águas brasileiras – limitadas a 200 milhas náuticas do litoral – quanto fora delas.

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