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Marcos Rocha diz que não prendeu corruptor porque estava com ‘pé operado’
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Debate da Rede Globo foi marcado pela apresentação de denúncias contra o candidato do PSL.
O debate entre os candidatos a governo de Rondônia, produzido pela Rede Globo, e transmitido pela TV Rondônia na noite da última quinta-feira, 25, mostrou que o candidato do PSL não estava pronto para responder a questionamentos sobre os problemas do Estado tampouco sobre sua atuação na vida pública.
Em determinado momento do terceiro bloco, em uma pergunta sobre combate a corrupção feita pelo próprio Marcos Rocha, Expedito Júnior (PSDB) perguntou porque Rocha, quando era secretário de Educação do Município, não deu voz de prisão ao empresário que teria lhe oferecido propina. E acrescentou, “o senhor como coronel da PM, como autoridade, tinha obrigação de prender o corrupto”. Marcos Rocha respondeu que “não prendeu porque estava com o pé operado”.
Foi o próprio Marcos Rocha que em discurso no primeiro turno afirmou ter sido abordado não apenas uma, “mas pelo menos três vezes” por um empresário que teria oferecido propina. “Já fui secretário de Educação de Porto Velho e na época eu recebi uma proposta indecente de corrupção de R$ 200 mil. Não aceitei e eles aumentaram a oferta para R$ 400 mil, depois para R$ 500 mil e depois para R$ 1 milhão. Nunca aceitei”.
Por não ter dado voz de prisão ao corruptor, tampouco ter comunicado o crime, Rocha pode ser acusado de prevaricação, que é crime cometido por funcionário público quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício.
O candidato do PSL também foi pego de surpresa ao ser revelado, por seu adversário, que ele responde a vários processos no Tribunal de Contas do Estado, e ainda quando Expedito Júnior declarou que Rocha recebeu R$ 212 mil em pecúnia, que o Estado só concede a servidores em grave estado de saúde.