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Mamadeira é necessária?


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Na hora de montar o enxoval do bebê o que se deve priorizar? Entre roupinhas, carrinho, babá eletrônica, berço e banheira, outro item costuma entrar na lista do enxoval do bebê – a mamadeira. Mas, afinal, a mamadeira é necessária?

 

Para papais e mamães que estão montando o enxoval para o recém-nascido, ou que já tem um pequeno ou uma pequena em casa, a PROTESTE traz um teste com seis lojas on-line de artigos para bebê na revista de novembro (ed. n.º 229). Aproveite para conhecer os resultados e, também, saber como evitar desperdícios na hora da compra e não prejudicar o bolso. Mas e a mamadeira deve compor a lista?

 

De acordo com especialistas, a resposta é simples: “não”. “Mamadeiras aumentam os riscos de desmame precoce e de alterações importantes no desenvolvimento de estruturas anatômicas, além de maiores possibilidades de algumas infecções”, defende o pediatra Yechiel Moises Chencinski, membro da Câmara Técnica de Aleitamento Materno do Ministério da Saúde.

O médico, inclusive, lamenta o fato de que o item continue bastante presente nos lares brasileiros. Dados do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI-2019) mostram que a prevalência do uso de mamadeiras e chuquinhas em crianças menores de 2 anos no Brasil é de 52,1%.

 

De qualquer forma, se o item se torna necessário para a mãe o especialista orienta: “Odontopediatras e fonoaudiólogos podem auxiliar as mães quando o uso for a opção ou for inevitável”. Na entrevista abaixo, o pediatra dá outras dicas relacionadas ao uso e cita também algumas as alternativas à mamadeira.

Por que o uso da mamadeira não é aconselhada?

Estudos mostram a interferência do uso de mamadeiras, chuquinhas e chupetas na amamentação – todas aumentando riscos de desmame precoce, devido à confusão de bicos e de alterações importantes no desenvolvimento de estruturas anatômicas, além de maiores possibilidades de algumas infecções.

 

Também pode ocorrer o que é conhecido como confusão de fluxo. A sucção ao seio requer uma ação mais constante da musculatura oral do lactente, nem sempre na mesma intensidade, necessária durante todo o período da mamada. Algumas vezes, é recomendado que se alternem as posições para ajustes de pegas, levando a transições durante o processo. Já na mamadeira, o leite flui de forma intensa, já desde a primeira sucção, de forma constante e uniforme. Apesar de ser “mais simples e fácil” pela mamadeira, é importante e fundamental a sucção ao seio para a formação e o desenvolvimento adequado do sistema estomatognático (conjunto de estruturas bucais formado por mandíbula, arcadas dentárias, tecidos moles e músculos).

O uso das mamadeiras e das chupetas também pode levar a alterações orofaciais, ortodônticas e fonoarticulatórias, influenciando o posicionamento dos dentes, do palato, refletindo em possíveis alterações respiratórias e de fala. Vale lembrar que o palato (céu da boca) corresponde ao assoalho do nariz. Assim, por conta das influências do uso de chupetas e mamadeiras, pode ocorrer uma elevação do palato, que, consequentemente, diminui a cavidade nasal, levando a maiores riscos de respiração bucal, que pode requerer, com o tempo, uso de aparelhos para correção desses problemas.

Alternativas à mamadeira

Como primeira opção, a recomendação é que o leite materno extraído seja oferecido por sonda de pequeno calibre (nesse caso, uma das pontas é acoplada a um recipiente que contenha leite e a outra é fixada ao seio, junto ao bico, como um canudinho, para que o bebê sugue ambos ao mesmo tempo). O copinho surge como a segunda alternativa mais adequada, mas também há a seringa e a colher.

Lembrando que esses procedimentos precisam ser orientados e acompanhados por profissionais habilitados e capacitados – pediatras, fonoaudiólogos, consultores de amamentação ou profissionais da rede de Bancos de Leite Humano do Brasil, que é a maior rede do mundo, inclusive exportando tecnologia para mais de 20 países.

https://minhasaude.proteste.org.br

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