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Agronegócios

Mais empregos na safra de cana-de-açúcar deste ano


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A safra da cana-de-açúcar em Pernambuco, que inicia no dia 15 de agosto, vai gerar entre 60 mil e 70 mil empregos durante o ciclo, que segue até fevereiro. A expectativa é de que haja um aumento de até 5 mil postos de trabalho em relação à safra passada, segundo estimativas do Sindicato do Açúcar e do Álcool do estado (Sindaçúcar). O incremento no número de trabalhadores está alinhado a uma perspectiva de crescimento de 12% na moagem da cana durante o período.

Presidente do Sindaçúcar-PE, Renato Cunha destaca que, dependendo das condições climáticas e mercadológicas, boa parte desses empregos pode ser mantida na entressafra. No caso do aumento na produção, ele destaca que devem ser moídas 12 milhões de toneladas de cana na safra 2018/2019,ante as 10,9 milhões da safra 2017/2018. De acordo com o presidente do sindicato, as perspectivas positivas de produção são justificadas pelas boas condições climáticas no estado devido ao aumento das chuvas, sobretudo no primeiro trimestre. No entanto, os índices registrados em junho e julho foram abaixo do esperado, mas ainda assim as perspectivas se mantêm positivas.

Os números quebram uma tendência de queda que o setor apresentou nos últimos anos e não podem ser encarados como um crescimento, segundo Renato Cunha. “Levando em consideração as últimas dez safras, a nossa média (de moagem) é de 15 milhões de toneladas. Ainda estamos muito distantes desse patamar. Apesar da melhoria agrícola em função das chuvas, temos um longo caminho a percorrer”, diz. A safra 2014/2015 foi a última em que Pernambuco atingiu essa média.

O destaque da safra que está prestes a iniciar será a produção de etanol, que deve ter um crescimento de no mínimo 23%, fechando o ciclo com 400 milhões de litros. “É a maior dos últimos anos. A última vez em que a produção atingiu esse patamar foi na safra de 2009/2010”, lembra Renato. Na safra passada, foram produzidos em torno de 325 milhões de litros. O crescimento da produção de etanol é justificado pela dificuldade que os produtores enfrentam com o preço internacional do açúcar, que está sendo influenciado pelo aumento da oferta do produto oriundo da Índia e Tailândia.

Com isso, os produtores que focavam exclusivamente na produção do açúcar devem migrar para o etanol. “Apesar do etanol não remunerar satisfatoriamente o produtor para que ele possa cobrir os custos de produção, há uma atratividade na produção pelo fato de haver uma procura maior por combustíveis limpos, fazendo com que a cadência (ritmo) de vendas do etanol seja melhor que a do açúcar”. No caso da produção exclusiva do açúcar, o aumento em relação à safra anterior deve ser de 10%.

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