Mais de 40 mães de adolescentes do Acre que tomaram a vacina do HPV no ano de 2014 em diante estiveram na Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira, 28, cobrando uma posição de deputados e do governo do Estado em relação a situação que essas famílias vêm passando.
Segundo Dona Leila, uma das mães de adolescentes que sofrem as consequências ocasionados supostamente por causa da vacina, afirma que desde que as jovem tomaram o medicamento sofrem com desmaios, vômitos e sangramentos. “Nossa vida desde então é viver de Hospital em hospital, de Upa em Upa. Nossas filhas eram normais. O Estado vem desde a gestão passado oferecendo exames para gente que não dão em nada. Temos um neurologista e uma reumatologista para atender 40 crianças, mas nada é resolvido”, desabafou. Várias mães relataram que passam necessidade por terem deixado de trabalhar para cuidar exclusivamente das filhas enfermas.
Vice-presidente da Comissão de Saúde Pública da Aleac, o deputado Jenilson Leite (PCdoB), destacou a preocupação com o caso. “É uma situação que precisa ser explicada. São dezenas de crianças que as mães reclamam que após a vacinação contra o HPV, começaram a apresentar um tipo de convulsão, que este problema já vem se estendendo há muito tempo. E que até este momento o que tem há de concreto é uma tentativa da Sesacre de prestar uma assistência no momento em que as meninas estão convulsionando”, disse.
O parlamentar afirma que essa assistência não irá resolver o problema. “Nós precisamos que o Ministério da Saúde, que é quem organiza as campanhas nacionais, façam uma investigação para ao final se é ou não da vacina o problema e se encontrando a causa, esclarecer a causa e ainda ajudar essas garotas que tiveram suas vidas transformadas num caos”, relatou o parlamentar, informando que as medicações prescritas a essas jovens não estão fazendo mais o efeito esperado.