Mato Grosso
Mãe de bebê morta por rottweiler fala em “fatalidade” e afirma que cachorro já havia atacado outro animal
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Silvana Ribeiro da Silva, mãe de Vitória Ribeiro dos Santos, de um ano e oito dias, morta após ser atacada por um cão da raça rottweiler na última segunda-feira (18), considerou a situação uma fatalidade. Segundo ela, o animal já havia atacado um porco na chácara onde ela trabalhava, na zona rural de Cláudia (567 quilômetros de Cuiabá).
Em entrevista ao Olhar Direto, Silvana contou que trabalhava na chácara três vezes na semana na casa onde aconteceu o ataque e sempre levou seus dois filhos, sendo Vitória e um menino, de dez anos, que ajudava a cuidar da vítima. “Ela estava dormindo na rede, o cachorro estava solto, andando pelo quintal como sempre anda. A gente não viu se ela acordou, mexeu na rede. Ele foi lá e atacou ela, tirou ela da rede e mordeu a cabecinha dela. Quando fui ver ela, ele já tinha mordido ela, já estava no chão”, lamentou.
Silvana disse que o animal nunca apresentou comportamento agressivo com ela e seus filhos. Apesar disso, contou que o rottweiler já havia atacado um porco. “O cachorro não é meu, mas para nós, ele nunca fez nada. Mas uma vez ele logo quando ele chegou, tinha um porquinho, ele mordeu o porco que estava no chiqueiro. Foi a noite, ele estava no quintal sozinho, achou que era alguma coisa”, lembra.
No dia do ataque, ela estaria no interior da casa e os dois filhos na garagem. “Estava todo mundo perto, não tinha ninguém longe. Eu estava dentro da casa, minha patroa no escritório, meu filho estava na garagem, onde ela estava. Ele só viu quando ela estava no chão, quando ele viu, gritou e ele soltou ela”, diz. “Ela sempre ficou lá, sempre brincou, meu filho sempre olhou ela. Não tem o que explicar, foi uma fatalidade”.
Rapidamente, Silvana pegou a bebê e a socorreu até o pronto-atendimento de Cláudia. Devido aos ferimentos, foi necessário o transporte para o Hospital Regional de Sinop. Porém, a vítima morreu no caminho. Os donos da propriedade disseram não querer mais ficar com o animal. A Polícia Civil deverá decidir o que será feito com o animal.
O velório aconteceu na tarde de terça-feira (19), na Capela Mortuária, em Cláudia.