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Maduro prolonga suspensão de trabalhos e aulas por mais 48 horas
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, prolongou por mais 48 horas a suspensão das atividades laborais e escolares, devido ao apagão que afeta o país desde a quinta-feira passada (7) e que o governodiz ter origem numa “guerra elétrica”.
“Decidi prolongar por 48 horas a suspensão das atividades laborais e escolares. (…) Continuaremos a trabalhar para estabilizar o serviço elétrico”, disse.
Nicolás Maduro falou em Caracas, no palácio presidencial de Miraflores, durante uma transmissão ao vivo, e obrigatória, das rádios e televisões nacionais, na noite de segunda-feira (11).
O presidente da Venezuela voltou a acusar a direita de estar envolvida na “guerra elétrica” e denunciou ações que violam os direitos humanos dos venezuelanos.
“Como chefe de Estado, acho que tem havido graves crimes contra os Direitos Humanos do nosso povo, contra o direito à paz, à estabilidade, que tem havido um grave crime de traição à pátria”, frisou.
Segundo Nicolás Maduro, foram detidos dois indivíduos alegadamente envolvidos numa tentativa de sabotar o sistema de comunicações de El Guri, a principal central hidrelétrica do país e onde ocorreu a falha que tem mantido a Venezuela às escuras.
“Peço que a justiça venezuelana procure os autores (…) deste gigantesco dano que foi feito ao nosso povo”, frisou.
Por outro lado, explicou que a falha foi provocada por um ataque ao “cérebro computadorizado” de El Guri e ao sistema de “condução” situado em Caracas.
Também houve “uma segunda via de ataque, eletromagnética, que mediante dispositivos móveis tem interrompido e revertido os processos de recuperação”, adiantou.
A terceira via de ataque, disse, aconteceu através de uma “explosão” de uma subestação em Alto Prado (Caracas) que tinha como propósito “tombar toda a eletricidade em Caracas”.
A Venezuela está às escuras desde a última quinta-feira, na sequência de uma avaria na central hidrelétrica de El Guri, a principal do país, que afetou ainda dois sistemas secundários e a linha central de transmissão.
Na sequência do apagão, o governo venezuelano suspendeu as atividades laborais e escolares por 24 horas e depois por mais 24 horas.
Em Caracas, a eletricidade está chegando a vários bairros, mas de forma intermitente.
O apagão afetou as comunicações fixas e móveis, os terminais de pagamentos e o acesso à internet.