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Lucro líquido da Telefônica Brasil cai 70% no 3º trimestre, afetado por impostos


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A Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, obteve lucro líquido contábil de R$ 965,11 milhões no terceiro trimestre de 2019, queda de 69,62% ante os R$ 3,17 bilhões reportados no mesmo período de 2018. Há um ano, a última linha do balanço da operadora teve o impacto positivo de R$ 1,38 bilhão decorrente de uma reversão de impostos no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

De acordo com a Telefônica, considerando o ajuste pelo recebimento de crédito do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o lucro líquido contábil teria caído menos, 52,3%, devido ao maior pagamento de impostos no terceiro trimestre deste ano. Excluindo a adoção da norma contábil IFRS 16, o lucro líquido pro forma da Telefônica atingiu R$ 1,04 bilhão, queda de 47% em base anual.

A receita operacional líquida entre julho e setembro cresceu 2,61%, a R$ 11,04 bilhões. Na abertura do indicador financeiro, o segmento móvel obteve receita líquida de R$ 7,16 bilhões, avanço de 6,6%. A receita líquida da telefonia fixa caiu 3,9%, para R$ 3,88 bilhões.

A venda de aparelhos manteve o ritmo de crescimento, com expansão de 31,5%, somando R$ 645 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) recorrente contábil da controladora da Vivo foi de R$ 4,47 bilhões, alta de 15,2%. Considerando o dado pro forma, a alta foi de 2,8%, a R$ 3,99 bilhões. Este dado exclui os ganhos com ICMS registrados há um ano e outras despesas judiciais. No período, houve efeito positivo de R$ 64,3 milhões com a venda de data centers.

No trimestre, o Ebitda contábil da empresa ficou em R$ 4,54 bilhões, queda de 5%. A geração de caixa excluindo o IFRS 16 recuou 15,1% em base anual, para R$ 4,06 bilhões.

A margem Ebitda recorrente contábil ficou em 40,52%, avanço de 4,4 pontos percentuais ante o terceiro trimestre de 2018. No padrão pro forma, a alta foi de 0,1 ponto percentual, a 36,2%. Sem considerar o dado recorrente, a margem Ebitda contábil caiu 3,3 pontos percentuais, a 41,1% e o dado pro forma recuou 7,7 pontos percentuais, a 36,7%.

Investimentos

Os investimentos da Telefônica Brasil no terceiro trimestre deste ano totalizaram R$ 2,43 bilhões, aumento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de janeiro a setembro, o valor atingiu R$ 6,48 bilhões, expansão de 6,7%.

No período, esta cifra representou 22% da receita operacional líquida, de R$ 11,04 bilhões, ficando em linha com as estimativas para o triênio, até 2020, de R$ 24 bilhões. A controladora da marca Vivo também fará aporte adicional de R$ 2,5 bilhões no serviço de fibra óptica até a residência do cliente (FTTH, na sigla em inglês).

Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a operadora informou que os investimentos estão concentrados principalmente na expansão do footprint e adoção de FTTH e na maior cobertura e capacidade nas tecnologias 4G e 4.5G.

Foram direcionados R$ 1,97 bilhão para redes, queda de 4,4% em base anual. A área de tecnologia e sistemas de informação recebeu R$ 337 milhões, aumento de 30,3%. E uma quantia de R$ 116 milhões foi para produtos e serviços, canais e área administrativa, um crescimento de 75,3% ante o terceiro trimestre de 2018.

Base de assinantes cai

A base total de assinantes da Telefônica Brasil recuou 3,1% no terceiro trimestre de 2019, para 93,7 milhões de clientes.

No principal negócio da operadora, que é a telefonia móvel, a queda foi menor, de 0,8%, encerrando o período com 73,8 milhões de assinantes.

A telefonia fixa, que inclui serviços de voz, banda larga, FTTH e TV por assinatura, a retração foi mais acentuada, de 11%, para 19,9 milhões de assinantes.

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