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Lua está encolhendo e sofrendo abalos de terremotos, diz estudo da Nasa
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A Nasa divulgou nesta segunda-feira (13) um estudo que indica que a Lua está encolhendo à medida que seu interior esfria, o que causa terremotos na superfície do satélite. Segundo a agência, a Lua ficou 50 metros mais magra em seu diâmetro ao longo das últimas centenas de milhões de anos por causa desse fenômeno.
A Lua possui uma superfície originalmente quebradiça e, com o encolhimento, formam-se as “falhas de pressão” que causam terremotos, os chamados “Moonquakes”.
Para a descoberta, cientistas analisaram mais de 12 mil imagens registradas pela espaçonave Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), que detectaram trincheiras rasas e colinas criadas a partir da perda de calor e do encolhimento do satélite.
Esta proeminente escarpa de falha de impulso do lóbulo lunar é uma das milhares de imagens descobertas nas imagens Lunar Reconnaissance Orbiter Camera (LROC). A falha escarpada ou escarpada é como um degrau na paisagem lunar (setas brancas apontando para a esquerda) formadas quando a crosta próxima da superfície é empurrada, quebrada e empurrada para cima ao longo de uma falha quando a Lua se contrai. Campos de pedregulhos, trechos de solo relativamente alto e luminoso ou regolito, são encontrados na face escarpada e no terreno escarpado (lado alto da escarpa, setas apontando para a direita). Imagem LROC NAC quadro M190844037LR. — Foto: NASA/GSFC/Universidade Estadual do Arizona/Smithsonian
Analisando os sismógrafos colocados na superfície lunar de 1960 à 1970 pelas missões Apollo, em conjunto com as imagens da sonda LRO, os cientistas descobriram que oito dos 28 tremores registrados pelas ferramentas ocorreram a cerca de 30 quilômetros de distância das falhas visíveis nas imagens feitas pela sonda LRO.
“Achamos que é muito provável que esses oito tremores tenham sido produzidos por falhas que se acumularam quando a crosta lunar foi comprimida (…) indicando que os sismômetros da Apollo registraram a Lua encolhendo e ainda é tectonicamente ativa”, disse Tomas Watters, um dos autores do estudo.
Segundo a NASA, isso é perto o suficiente para associar os terremotos às “falhas de pressão”. Ainda foi constado que seis dos 8 tremores ocorreram enquanto a Lua estava em seu apogeu, ou seja, no ponto mais distante da Terra. Isso eliminaria a possibilidade de os tremores terem sido causados por uma tensão gravitacional.
“É realmente notável ver como os dados de quase 50 anos atrás e a missão LRO foram combinados para avançar nossa compreensão da Lua, sugerindo onde futuras missões com a intenção de estudar os processos interiores da Lua deve ir”, diz o cientista John Keller do Centro de Vôo Espacial Goddard da NASA.
O vale de Taurus-Littrow é a localização do local de pouso da Apollo 17 (asterisco). Atravessando o vale, logo acima do local de pouso, está a escarpa de falha de Lee-Lincoln. O movimento na falha foi a fonte provável de numerosos terremotos que desencadearam eventos no vale. 1) Grandes deslizamentos de terra nas encostas do Maciço Sul envolviam rochas relativamente brilhantes e poeira (regolito) sobre e sobre a escarpa de Lee-Lincoln. 2) Pedregulhos rolaram pelas encostas do Maciço Norte deixando rastros ou vales estreitos no regolito nas encostas do Maciço Norte. 3) Deslizamentos de terra nas encostas sudeste das Colinas Esculpidas. — Foto: NASA/GSFC/Arizona State University/Smithsonian
A novidade
Não é novo que a Lua, como o a Terra, possui atividade sísmica. Entretanto, cientistas constataram que o encolhimento do interior do satélite pode estar causando os tremores na superfície. Estudos anteriores estimaram que essas bacias pararam de se contrair cerca de 1,2 bilhão de anos atrás.
Segundo o Tomas Watters, a descoberta evidencia que essas falhas permanecem ativas ainda estão produzindo terremotos.
“Nossa análise dá a primeira evidência de que essas falhas ainda estão ativas e provavelmente produzindo ‘moonquakes’ hoje, à medida que a Lua continua a esfriar e encolher gradualmente”, diz o cientista. “Alguns desses terremotos podem ser bastante fortes, em torno de cinco na escala Richter.”