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Direto de Brasília

Lindbergh chama de ‘farsa’ acordo entre governo e representantes de caminhoneiros


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Em pronunciamento nesta sexta-feira (25), o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) chamou de “farsa” o acordo fechado entre governo e representantes de caminhoneiros, na noite de quinta-feira (24), para tentar encerrar a greve que já chega ao 5º dia. Para o parlamentar, a proposta de desconto no preço do diesel até dezembro, subsidiado pelo Estado e sem prejuízo para a Petrobras, atende apenas aos interesses dos acionistas da estatal.

— Essa proposta de acordo é uma farsa, uma farsa completa. Eles se esqueceram da gasolina e do gás; é só de diesel que eles estão falando. Então, para o povo, o impacto é muito pequeno. Vai continuar havendo aumentos diários da gasolina e do botijão de gás. Só o diesel será uma vez por mês. E estão fazendo isso como? Tirando dinheiro do orçamento público – criticou.

Segundo Lindbergh, a política de preços da Petrobras prejudica o povo e beneficia apenas os acionistas, na maior parte, fundos privados norte-americanos, e empresas petroleiras estrangeiras.

— Nós importávamos, há um ano e meio, dos Estados Unidos, 41% do diesel. Agora, nesse período aqui, são 82%. Nós estamos exportando petróleo cru e comprando refinado. Nós importávamos 23% da gasolina dos Estados Unidos. Agora sabe quanto é? 60%. Nós estamos importando sabe de quem? Da Shell, da BP, da Chevron. São as grandes multinacionais do petróleo. São eles que estão ganhando, são os acionistas que estão ganhando – avaliou.

O senador defendeu o modelo adotado pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef, quando os preços do diesel, da gasolina e do gás acompanhavam os preços internacionais em ciclos longos. Ele observou que foram 229 reajustes no preço do diesel nos últimos dois anos, contra 16 nos 13 anos de governo do PT.

Além de cobrar a saída de Pedro Parente do comando da Petrobras e a mudança da política de preços, o senador rechaçou o corte de políticas públicas para garantir o subsídio anunciado na quinta.

— Se for para tirar alguma coisa do Orçamento, a nossa proposta é que nós retiremos a renúncia fiscal que foi dada para as grandes petroleiras na Medida Provisória 795. Sabe quanto isso significa em dinheiro? Dezesseis bilhões só este ano. A nossa proposta é suspender. Suspende essa renúncia fiscal inexplicável, vergonhosa – defendeu.

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