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Lei reconhece Festa do Divino Espírito Santo como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial de Rondônia


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A Festa do Divino Espírito Santo, comemorada há 126 anos na região do Vale do Guaporé, fronteira entre Brasil e Bolívia, foi reconhecida como Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do Estado de Rondônia através de uma Lei Estadual sancionada em 11 de janeiro. Segundo o governo, o objetivo é enaltecer o valor histórico, cultural e social do principal ritual festivo rondoniense.

O evento religioso é baseado no percurso de 50 dias consecutivos às margens do rio Guaporé, partindo do município de Guajará-Mirim (RO) até Pimenteiras D’Oeste (RO), e tem a participação de mais de 40 mil pessoas anualmente.

Conforme a Superintendência Estadual da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), a partir da sanção da Lei de Reconhecimento, há uma legalidade para o Estado aplicar recursos e fomentar a economia das comunidades locais com cultura e turismo, gerando renda para as populações ribeirinhas, indígenas, quilombolas, entre outras localizadas às margens do rio Guaporé com a produção artesanal.

Apesar de ter sido celebrado por mais de um século, o evento religioso em forma de romaria fluvial, não aconteceu nos anos de 2020 e 2021, por causa da pandemia de Covid-19. Em 2022, a realização do evento está prevista para março, mas vai depender da situação sanitária, dos decretos municipal e estadual em prevenção ao coronavírus.

Festa do Divino Espírito Santo

 

A festividade originou-se do culto a terceira pessoa da Trindade em Portugal, por volta do século XIV. Nessa época, as celebrações eram feitas por meio da oferta de banquetes às pessoas carentes e entrega de esmolas. Mais tarde, durante a colonização do Brasil, os portugueses trouxeram a tradição dos festejos religiosos.

Atualmente, o evento é organizado por devotos afro-brasileiros e bolivianos, e acontece simultaneamente nos dois países. A festa é realizada no Brasil em Mogi das Cruzes (SP), Paraty (RJ) e em Rondônia, único lugar onde acontece em rios.

Segundo a Sejucel, a celebração ao Divino Espírito Santo acontece através de uma única romaria aquática que percorre mais de 1.360 quilômetros do rio Guaporé e seus afluentes (rio Paraguai, rio São Miguel, rio Branco), durante 50 dias, tanto nas margens direita quanto na esquerda, onde estão localizadas aldeias indígenas e comunidades bolivianas. O percurso passa por 39 cidades, sendo oito bolivianas e 31 brasileiras.

Em 2016, a Rede Amazônica produziu uma reportagem especial contando a história da centenária festa e suas tradições.

G1.globo.com

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