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Saúde

Laser mais preciso acaba com a dependência dos óculos


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Cirurgia elimina miopia e presbiopia simultaneamente.

 

O “novo normal” da pandemia enxugou os custos com viagens, cursos, congressos e abriu espaço para investir no bem-estar. Quarentões que desde a primeira infância usam óculos para corrigir miopia, dificuldade de enxergar à distância, agora podem corrigir simultaneamente miopia e presbiopia, a famosa vista cansada que dificulta enxergar de perto despois dos quarenta anos.

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier a técnica cirúrgica conhecida como monovisão é bastante antiga. O que mudou é a precisão do laser. Invés de moldar a córnea com fachos de luz, faz a correção ponto a ponto. Por isso, o resultado é muito mais preciso. O especialista afirma que a monovisão não é exclusiva para míopes.  Se você tem hipermetropia, dificuldade de enxergar de perto,  ou astigmatismo que distorce a visão para perto e longe, também pode acabar com a dependência dos óculos de leitura.

A cirurgia

Queiroz Neto explica que no míope a córnea é mais curva. Por isso, as imagens se formam antes da retina tornando tudo o que está distante desfocado. O laser diminui a curvatura da córnea, zerando o grau em um olho e deixando um pequeno grau residual no outro. O cérebro se incumbe de fundir as imagens formadas em cada olho e elimina a necessidade dos óculos para perto e longe em 90% dos casos.

Na hipermetropia, o oftalmologista afirma que o formato é mais plano e por isso as imagens se formam atrás da retina tornando o que está próximo desfocado. Na monovisão o laser torna a córnea mais curva. Já no astigmatismo a córnea tem um formato ovalado que o laser transforma em   esférico para que invés de múltiplos focos seja formado um único foco sobre a retina.

Independente do tipo de problema de refração – miopia, hipermetropia ou astigmatismo – o especialista diz que quando o grau é baixo só o olho dominante é operado na técnica da monovisão para eliminar a presbiopia. Para graus mais elevados, o residual deixado no olho não dominante varia entre 1 e 1,75.

Em todos os casos, a cirurgia só é feita após adaptação de lente de contato que simule o efeito das cirurgia para checar se o paciente se adapta bem. Isso porque, algumas pessoas têm dificuldade de adaptação.

Restrições

Queiroz Neto ressalta que a técnica da monovisão é indicada até 10 graus de miopia, seis de astigmatismo e de hipermetropia. Durante a gestação a cirurgia é contraindicada porque o grau flutua, adverte. Outras contraindicações são: olho seco, doença na córnea, retina ou glaucoma, córnea fina, doenças autoimunes ou que dificultem a cicatrização. Para quem não gosta de usar óculos, uma metanálise demostra que a cirurgia é mais segura que o uso de lente porque o risco de contaminação do olho é muito menor, conclui.

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