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Justiça do Acre autoriza que MP e Corregedoria de Polícia Civil investiguem secretário afastado


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A Justiça do Acre autorizou que o Ministério Público do Acre e a Corregedoria de Polícia Civil investiguem possíveis atos ilícitos e de conduta do secretário afastado, Rêmullo Diniz. O delegado foi afastado do cargo após um site divulgar suposto envolvimento dele com uma facção criminosa.

O juiz Raimundo Nonato, da 3ª Vara Criminal, autorizou, nesta sexta-feira (1), o compartilhamento de informações com a Corregedoria da Polícia Civil e a Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial.

Conforme o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), com a autorização, tanto a Corregedoria quanto o MP podem apurar o que achar necessário referente à conduta do delegado.

Ao G1, o corregedor de Polícia Civil, Ricardo Casas, informou que ainda não foi notificado da decisão da Justiça. “Ainda não chegou uma informação oficial, mas tão logo a gente receba a decisão do juiz, vamos dar andamento à investigação”, afirmou

Delegado nega acusações

Em coletiva na quinta-feira (31), Diniz negou as acusações e afirmou que tudo não passou de uma armação para derrubá-lo do cargo. Segundo ele, nenhum ato de abuso de autoridade foi praticado por ele e também não houve ingerência.

Diniz disse que seu nome não foi citado no inquérito policial que investigou organização criminosa. Segundo ele, somente após a conclusão do inquérito foi que a autoridade policial pediu à Justiça o compartilhamento de provas.

Operação Sicário

Um dia após o governo do Acre afastar o secretário, os delegados responsáveis pela Operação Sicário explicaram como decorreram as investigações, que identificou 23 pessoas envolvidas no crime organizado no estado, entre elas o tenente do Bope, Josemar Farias.

Dois dos quatro delegados responsáveis pela Operação Sicário, explicaram que as ações iniciaram em abril do ano passado. Segundo eles, Diniz não aparece no processo ligado a organização criminosa, mas sim como interlocutor entre umas das interceptações com o tenente Farias.

Durante as investigações, Diniz ainda não era secretário de Polícia Civil, mas respondia pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHHP), cargo que ocupou até o final de 2018.

Abuso de autoridade

Entre as diversas interceptações, autorizadas pela Justiça, tenente Farias aparece conversando com o delegado e, nesses diálogos, segundo o delegado Sérgio Lopes, teriam sido constatadas algumas infrações penais, mas não detalha o que seria.

O secretário afastado também negou ter praticado qualquer ato de abuso de autoridade. “Nenhum ato de abuso de autoridade foi praticado porque não houve ingerência, não houve contato com presos, não tive qualquer prevaricação, porque todos os inquéritos foram instaurados”, disse.

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