Justiça
Justiça aguarda DNA do suposto pai para definir quem vai ficar com guarda de bebê indígena enterrada viva em MT
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A Justiça aguarda o resultado do exame de DNA feito na bebê indígena que foi enterrada viva logo após nascer, no dia 5 de junho, em Canarana, a 838 km de Cuiabá, para só então definir o destino da criança, que hoje está com 3 meses.
Ainda não há prazo para que o exame fique pronto.
Também é aguardado o laudo de um estudo psicossocial para definir se a família materna ou a família paterna da bebê Analu Paluni Kamayura Trumai vai ficar com a guarda da criança. Há ainda a possibilidade de que o bebê seja encaminhado para adoção.
O promotor de Justiça que acompanha o caso Matheus Pavão de Oliveira informou que a criança está num abrigo público, porém, mantém contato familiar.
“Não há uma vedação expressa que proíba parentes de visitá-la. O que tem hoje, obviamente, são restrições com relação a avó e bisavó, que são acusadas de um crime gravíssimo. No mais, a mãe pode visitar, o avô paterno, o pai, entre outros parentes. O pai, inclusive, manifestou interesse em ter a guarda da bebê, porém, nada será decidido antes da conclusão do estudo e do resultado do exame de DNA”, diz o promotor de Justiça.
O caso
A criança foi enterrada viva por quase 6 horas, no dia 05 de junho de 2018, no quintal da casa da bisavó Kutsamin Kamayura, logo após seu nascimento. Após ser resgatada e levada para uma UTI, em Cuiabá, a bebê, que tem agora três meses, está bem de saúde e aguarda um novo lar.
Conforme ele, a saúde da bebê é considerada estável, porém, pelo fato de ter permanecido muito tempo enterrada há uma requisição médica para levar a criança a Brasília, onde passará por uma neuropediatra a fim de verificar se a menor não ficou com alguma sequela.
A avó e a bisavó conseguiram um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça e estão em liberdade.