Mato Grosso
Júlio desiste e Max sinaliza que pode abrir caminho para Botelho
Compartilhe:
Russi defende diálogo e decisão tomada em conjunto com parlamentares que o apoiam. As entrelinhas e confiança de Botelho apontam para recuo
Após desistência oficial do veterano, Júlio Campos (União) de entrar na disputa da Presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, restou ao deputado estadual, Max Russi (PSB), e o atual comandanto, Eduardo Botelho (União), a condição de protagonizar a disputa.
Tudo aponta, contudo, para um recuo de Max da condição de cabeça de chapa. O político do PSB afirmou, contudo, que pretende conversar com seu grupo para decidir sobre sua candidatura à Mesa Diretora da Assembleia.
Enquanto Max adota discurso de incerteza, Botelho deixa claro suas articulações para abrir seu quarto biênio no comando do legislativo estadual. A eleição ocorre no dia 1º de fevereiro e o vencedor comanda o parlamento até o fim de 2024.
Em entrevista recente, Russi, que ficou por um ano entre 2021 e 2022 na cadeira de Botelho, enquanto o Supremo Tribunal Federal – STF debatia sobre a legalidade ou não do terceiro biênio seguido de Botelho, disse que houve uma trégua entre ele e Botelho no fim de ano, mas que a discussão foi retomada.
“Teve Natal, Ano Novo e ninguém fez movimentação nenhuma (…) Agora, nesta [próxima] sessão, começam as discussões das tratativas para que haja o encaminhamento de composição de chapa ou uma disputa”, disse, referindo-se a possibilidade de não encabeçar chapa.
“Eu tenho um grupo que está me apoiando. Não vou tomar nenhuma decisão isolada. Vou esta semana ter uma reunião com esse grupo e, qualquer decisão que eu for tomar, será a decisão encaminhada por esses deputados que, desde o primeiro momento, estão apoiando a minha candidatura”, afirmou.
Eduardo Botelho já confirmou que é novamente candidato ao comando da Mesa Diretora. A declaração aconteceu após um entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que parece definitivo, acerca da reeleição das assembleias legislativas brasileiras. Segundo ele, a chance de disputar a presidência, de 0 a 10, “é 10”.
MINUTOMT