Rondônia
Jesuino Boabaid repudia demissão em massa de enfermeiros e técnicos da Sesau
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O presidente da Associação em Defesa dos Direitos e Garantias do Povo de Rondônia-ADORO, Jesuino Silva Boabaid, vem repudiar a demissão em massa dos profissionais da Enfermagem estadual que foram surpreendidos no final da tarde desta terça-feira (14) com a publicação de uma listagem com os nomes para demissão de todos os enfermeiros e técnicos emergenciais contratados durante a pandemia.
Segundo informado pelos trabalhadores, não houve aviso prévio por parte do Governo de Rondônia sobre o fim dos contratos. A decisão é vista por parte da categoria como injusta por ter sido apresentada “do dia para a noite” e poderia prejudicar as escalas de plantão nas unidades de saúde.
“Como vão suprir essa falta de profissionais do dia para a noite? Corre o risco de não ter médicos para suprir essa demanda. Nada foi avisado com antecedência. Souberam disso nesta terça e o corte já será amanhã”, disse profissional de saúde, que preferiu não se identificar.
O Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RO) alerta que e o déficit que já existia antes do período pandêmico era elevado, e avalia como absurda a decisão do governo estadual. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), que tem como Secretário de Saúde, Fernando Maximo, que é médico, a decisão foi tomada após as significativas quedas dos números de casos e de internação nas UTIs. E como “há tendência de redução, manter esses profissionais poderia acarretar prejuízos na folhas de pagamentos”.
Com a demissão desses mais de 500 profissionais, escalas e setores sofrerão baixa expressiva e a assistência ficará alarmantemente comprometida, além de gerar maior sobrecarga aos servidores efetivos da Enfermagem do estado, já exauridos pelos excessos de plantões e perdas salariais e emocionais.
“Os órgãos de fiscalização e controle devem fiscalizar as unidades de saúde estaduais para evitar o iminente colapso que deverá se instalar no atendimento à saúde rondoniense, pois infelizmente a pandemia ainda não acabou e a atual gestão do secretário de saúde, Fernando Maximo, deveria no mínimo avisar com antecedência e conceder um prazo mais razoável para esses heróis que deram a vida nesse período de pandemia do covid-19“. Finalizou Jesuino Boabaid presidente da ADORO.
(AI)