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Janaina Riva sobre Juca: “Não deve perder mandato, mas pedir desculpa”


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A deputada estadual Janaina Riva (MDB) afirmou ser contra um processo de quebra de decoro, que pode levar à cassação do mandato, contra o presidente da Câmara de Cuiabá, Juca do Guaraná (MDB).

A parlamentar, no entanto, ponderou que é necessário que Juca venha a público pedir desculpas pelas ofensas à vereadora Michelly Alencar (DEM), que foi chamada por ele de “histérica”.

“Eu não tenho esse radicalismo de acha que ‘tem que perder o mandato’. Não é porque ele é do meu partido não, porque eu já até me posicionei contra ele”, afirmou.

“Ele tem que fazer um pedido de desculpas públicas, olhar daqui para frente e evitar que isso se repita na Câmara”, acrescentou.

Eu não tenho esse radicalismo de acha que ‘tem que perder o mandato’. Não é porque ele é do meu partido não

A fala direcionada a Michelly, durante um bate-boca na sessão que votaria a abertura de uma comissão processante contra o prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB), diversos políticos reagiram. O vereador Diego Guimarães (Cidadania) foi um dos que sugeriu a abertura de um processo por quebra de decoro.

Esta possibilidade, porém, ainda está sendo estuda pela oposição e por entidades ligadas a defesa do direito das mulheres.

Mulher na política

De acordo com a Janaina, a única mulher dentro da Assembleia Legislativa, os políticos homens devem usar o caso como exemplo e se atentarem ao respeito e equidade de gênero na política.

Ela citou a lei Lei 14.192 aprovada este ano, que trata sobre violência política contra mulher. A legislação tem como objetivo “prevenir, reprimir e combater a violência política contra a mulher, nos espaços e atividades relacionados ao exercício de seus direitos políticos e de suas funções públicas”.

“Devemos criar essa consciência. Precisa criar um alerta em relação a isso e mudar a postura daqui por diante. Usar desse fato que aconteceu, que é triste, para aprender como se tratar uma mulher na política”, afirmou.

“Até porque, muitas vezes, no nervosismo que o vereador Juca do Guaraná estava, ele nem se tocou do quanto isso seria ofensivo a uma mulher”, completou.

Usar desse fato que aconteceu, que é triste, para aprender como se tratar uma mulher na política

Entenda o bate-boca

A sessão da última quinta-feira (4) votaria o pedido de abertura de uma comissão processante contra o prefeito afastado Emanuel, mas por conta da confusão, o presidente da Câmara encerrou a sessão e não votou o pedido. Os vereadores vão retomar a discussão nesta terça-feira (9).

Durante o grande expediente, o vereador Sargento Vidal (Prós) acusou Michelly de “quebra de decoro parlamentar” por postar nas redes uma declaração do analista político e jornalista Onofre Ribeiro, segundo o qual “a cassação do prefeito em Cuiabá vai depender do tamanho do cheque que os vereadores receberem”.

A vereadora, então, pediu a fala por entender que foi citada de “forma pejorativa”. Juca do Guaraná, entretanto, negou o pedido e um bate-boca entre vereadores de oposição e base se iniciou.

Irritado, o presidente ironizou: “Não adianta a senhora ficar histérica como uma menina que perdeu um doce”. “Me respeita”, rebateu ela.

Juca, então, anunciou o fim da sessão, sem que a abertura da comissão fosse votada e sem o direito de resposta de Michelly.

Midianews.com.br

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