Meio Ambiente
Ipês florescem e colorem ruas de Porto Velho
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Todos os anos, a natureza resolve recompensar os moradores de Porto Velho durante o período mais quente do ano. São os ipês que começam a florescer em vários pontos da cidade, criando verdadeiros refúgios de cores em meio ao cinza do asfalto e as cores opacas de prédios e imóveis.
O fenômeno, segundo biólogos, é muito comum não somente em Porto Velho, mas em outras cidades do interior de Rondônia e na Amazônia.
Flávio Terassini explica que os ipês são nativos da Mata Atlântica, porém costumam ocorrer também no Cerrado e nativos em alguns estados como o Acre. Podem aparecer também na América do Sul.
“O ipê é uma árvore que pode chegar até os 30 metros de altura. Nessa época de seca, as folhas caem e as flores roxas ou lilás começam a embelezar a cidade. Em alguns lugares o ipê branco branco também é visível”, diz o biólogo.
Para que a floração dos ipês ocorra todos os anos, é necessário o trabalho de alguns animais, responsáveis pela polinização, como insetos, abelhas e alguns pássaros que estão atrás de seu néctar e acabam por auxiliar na floração e dispersão do pólen.
Se na época de seca o ipê está florido, no período chuvoso as flores cedem espaço às folhas verdes. A árvore é usada ainda como alimento por alguns animais. “As iguanas, típicas de nossa região, adoram comer as lindas flores roxas, além de alguns macacos”, lembra Flávio.
Entre as muitas finalidades que o ser humano atribuiu aos ipês ao longo do tempo, está o uso ornamental e até medicinal, onde pessoas costumam usar o chá da casca do ipê para curar algumas doenças. No entanto, os biólogos alertam para os riscos dessa prática.
“É bom se informar antes de fazer o chá e para que ele é usado, se não você vai fazer um chá errado e se intoxicar. É bom procurar um médico para que indique isso corretamente. Mas o ipê tem sim o seu potencial na área da medicina”, explica o biólogo.
Com sua madeira firme e rígida, o ipê é usado também como madeira de lei, sendo utilizado para instrumentos musicais e boliches. Já pelos indígenas, costuma ser usado para a elaboração de arco e flecha.