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Investimento em crédito de carbono pode diminuir impactos ambientais


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Considerada sustentável, aplicação em renda variável demanda conhecimento sobre potenciais ganhos e riscos

Investir em crédito de carbono é uma alternativa para quem quer diversificar a carteira de investimentos e contribuir para a mitigação das causas climáticas. Mas por ser um mercado novo, exige o cuidado de buscar informação correta para conhecer os potenciais ganhos e riscos da operação.

A planejadora financeira pessoal, Julianne Simões, explica que o crédito de carbono é um tipo de investimento sustentável, que integra a modalidade ESG (Environmental, Social and Governance) e é gerado a partir da diminuição da emissão de CO2 na atmosfera.

Na prática, empresas e governos estabelecem metas para reduzirem a liberação de gases do efeito estufa. Em seguida, criam projetos com essa finalidade, que devem ser registrados formalmente em plataformas nacionais ou internacionais, como o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Com a redução da emissão de gases do efeito estufa há a geração de créditos de carbono e, posteriormente, a negociação na bolsa de valores. Empresas que emitem grandes quantidades de CO2 podem comprar os créditos de outras organizações que conseguiram atingir as metas de descarbonização.

Como investir em créditos de carbono

Os créditos de carbono são precificados e compõem fundos de índice (ETFs) disponíveis nas bolsas de valores. Qualquer interessado pode investir no ativo, mas a demanda mais comum tem sido por parte de empresas.

Os ETFs são investimentos em renda variável. A modalidade reúne produtos financeiros que se caracterizam pela alta volatilidade, conforme informações da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Isso significa que as operações podem oportunizar um alto retorno financeiro, mas também são mais arriscadas. A recomendação da Anbima aos investidores é estudar os produtos financeiros antes de investir, avaliando aspectos como rentabilidade, liquidez e riscos.

Entre as principais vantagens de investir em créditos de carbono estão a contribuição para a mitigação das mudanças climáticas, a diversificação do portfólio, o potencial atrativo de retorno financeiro e o fortalecimento da imagem institucional, no caso das empresas.

Já os principais riscos consistem na variação da demanda, a baixa liquidez por ser um mercado novo e o fato de a regulamentação ainda estar em processo de construção. Também é importante avaliar o modelo do projeto e a reputação da companhia responsável pela emissão dos créditos.

Quem pode orientar?

Também é aconselhável conhecer os profissionais do mercado financeiro que podem auxiliar no processo de composição da carteira de investimentos. Entender o que é agente autônomo, o que ele faz e qual é a diferença para o trabalho do consultor de investimentos irá ajudar o novo investidor, seja pessoa física ou jurídica.

O agente autônomo é o profissional vinculado a uma corretora, responsável por apresentar e esclarecer dúvidas sobre os produtos comercializados por ela. Já o consultor de investimentos é um especialista que aconselha o investidor na tomada de decisão, mostrando quais produtos estão alinhados com o seu perfil e interesse.

Brasil pode se tornar potência na emissão de créditos 

A geração de créditos de carbono no Brasil pode chegar a R$ 26 bilhões por ano, conforme estimativa da consultoria empresarial estadunidense McKinsey & Company. O país pode tornar-se uma potência mundial do setor.

A análise é justificada pelo fato de 80% da energia produzida no território nacional ser oriunda de fontes renováveis. Para se ter ideia, a média global é de apenas 30%, o que exige que outros países passem por um processo de transformação da matriz energética para tornarem as metas de redução da emissão de gases de efeito estufa mais viáveis.

A temática sobre as questões climáticas ganhou a agenda dos governos e tem sido destaque na sociedade. Em 2021, a aprovação do Pacto do Clima de Glasgow foi considerada um marco ao formatar o modelo de um mercado de créditos de carbono internacional.

Em 2022, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudança Climáticas (COP27) discutiu os processos para quantificar e qualificar os créditos de carbono. A expectativa é que o mercado passe por um processo de expansão e consolidação nos próximos anos.

 

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