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Integrantes de facção transferidos de SP chegam a Rondônia


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O avião com integrantes de facções criminosas, transferidos de São Paulo nesta quarta-feira (13), chegou em Porto Velho por volta de 17h30 (19h30 em Brasília). O pouso aconteceu no aeroporto Governador Jorge Teixeira. A transferência ocorreu após a descoberta de um plano de fuga em massa de presídios paulistas.

Um enorme esquema de segurança foi montado nas proximidades do aeroporto desde o começo da tarde. Exército e Polícia Rodoviária Federal (PRF) fecharam ruas e todos motoristas que desejavam chegar ao aeroporto foram revistados.

O Ministério da Justiça ainda não informou quantos integrantes de facções ficarão nas penitenciária federal de Porto Velho. Também não foi divulgado se o chefe do grupo criminoso, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, vai ficar na unidade em Porto Velho ou em Mossoró (RN).

Após o pouso do avião com os presos, um helicóptero das Forças Armadas também chegou ao aeroporto para reforçar a segurança pelo ar.

Helicóptero chegou em aeroporto após pouso de avião com presos — Foto: Toni Francis/G1

Helicóptero chegou em aeroporto após pouso de avião com presos — Foto: Toni Francis/G1

Os presos transferidos estavam na Penitenciária 2, em Presidente Venceslau, e em Presidente Bernardes, no interior de São Paulo. Eles serão distribuídos em presídios federais de Brasília, Mossoró (Rio Grande do Norte) e Porto Velho (Rondônia).

Reforço da segurança no aeroporto de Porto Velho — Foto: Toni Francis/G1

Reforço da segurança no aeroporto de Porto Velho — Foto: Toni Francis/G1

Motivos da transferência

Vinte e dois presos foram transferidos de São Paulo nesta quarta. Deste grupo, sete tiveram a transferência definida no ano passado por causa do envolvimento em crimes descobertos na Operação Echelon, como ataques a agentes públicos e assassinatos de rivais.

Na decisão de novembro, o juiz Paulo Sorci, da 5ª Vara das Execuções Criminais de São Paulo, diz que “essas considerações revelam o perfil de alta e incomum periculosidade do detento, situação peculiar que determina a sua remoção para unidade prisional especial, já que inviável sua permanência em presídio comum da rede estadual. Em conclusão, mostra-se imprescindível a inclusão e transferência do requerido para unidade de segurança máxima federal.”

Em junho de 2018, a operação Echelon prendeu 63 integrantes em 14 estados. As investigações começaram a partir de trechos de manuscritos encontrados nos esgotos do presídio. A Polícia Civil identificou sete chefes e confirmou a existência da célula “sintonia de outros estados e países”.

Transferência de líderes de facção criminosa — Foto: Alexandre Mauro/G1

Transferência de líderes de facção criminosa — Foto: Alexandre Mauro/G1

O prazo de permanência nos presídios federais é de 360 dias. Nos primeiros 60 dias, os integrantes da facção ficarão no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Penitenciária federal de Porto Velho

A penitenciária federal, onde os presos transferidos de São Paulo ficarão, tem capacidade para 208 presos em celas individuais, divididas em quatro alas. O presídio tem 12,7 mil metros quadrados de área.

Sistema Penitenciário Federal confere últimos ajustes no esquema de segurança no Presídio Federal de Porto Velho.  — Foto: Pedro Bentes/G1

Sistema Penitenciário Federal confere últimos ajustes no esquema de segurança no Presídio Federal de Porto Velho. — Foto: Pedro Bentes/G1

A penitenciária também possui 12 celas de isolamento para presos que cumprem o RDD. O presídio federal de Porto Velho é monitorado por cerca de 200 câmeras de vídeo, que enviam imagens em tempo real para três centrais de monitoramento.

A penitenciária foi inaugurada em 2019 e custou R$ 25 milhões.Mais de 250 agentes fazem a segurança dos presos.

Ao todo, 17 portas de ferro separam cada cela do portão de entrada da penitenciária, monitoradas 24 horas por dia até por câmeras instaladas em locais secretos.

As celas têm aproximadamente 7m², com cama, mesinha, banco e prateleiras, lavatório e vaso sanitário feitos de concreto. Já as destinadas aos detentos do RDD têm o dobro do tamanho por causa do solário, espaço onde o preso tomará banho de sol sem sair da cela.

( G1 )

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