Aripuanã
Iniciativa une geração de renda e sustentabilidade em Aripuanã
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EcoFashion é exemplo de empreendedorismo feminino e ganha novos parceiros no município
Reaproveitar roupas usadas, transformando o que antes era considerado lixo em matéria-prima, é possível. Quem prova isso são as mulheres do Projeto EcoFashion, iniciativa pautada na sustentabilidade que surgiu em Conselvan, distrito de Aripuanã. Nas mãos das empreendedoras, o material recebido ganha novas formas, como bolsas, ecobags, estojos e mochilas. As peças usadas são arrecadadas por meio de campanhas feitas junto às comunidades.
Criado em 2020, o projeto é apoiado pelo Programa de Educação Ambiental da Nexa. No ano passado, a mineradora realizou a doação de quase 600 uniformes usados, contribuindo para o fomento de boas práticas ambientais e sociais no município. Os produtos são comercializados pelas próprias mulheres, gerando renda e independência financeira às integrantes. “A gente quer proporcionar uma renda para essas mulheres e queremos que outras cidades adotem essa atitude que é sustentável, de preocupação com o meio ambiente”, explicou Maria Luiza Alves, coordenadora do EcoFashion.
A ideia deu tão certo que o projeto de sustentabilidade tornou-se, em 2023, o Instituto EcoFashion. Com a mudança, a organização passou a receber outros tipos de tecidos e a fechar mais parcerias. Assim, surgiram novos produtos, como bonecos de pano, porta-papel, toalhas de mesa e outras peças que se concretizam a partir da criatividade das empreendedoras.
A fabricação de uma peça jeans pode consumir até 5 mil litros de água, o que causa um grande impacto ao meio ambiente. A analista de Gestão Social da Nexa, Maria Luiza Cassali, acredita que “apoiar iniciativas pautadas na sustentabilidade gera a conscientização a respeito da preservação dos recursos naturais. A Nexa está totalmente comprometida com o desenvolvimento sustentável dos territórios onde atua e com o meio ambiente”, garantiu.
O EcoFashion é um exemplo de empreendedorismo feminino, proporcionando apoio e troca de experiências entre mulheres. “Fico mais na parte administrativa e quero muito aprender a fazer as peças. Quando estou com elas, o tempo passa rápido, são muito talentosas”, ressaltou Kátia Ricarte, que integra o Instituto.
Assessoria