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Saúde

Infecção do trato urinário na infância – Por Dra. Emmanuela Bortoletto


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É a segunda causa de infecção bacteriana na faixa etária infantil, podendo ser o alerta para malformações e evoluir para hipertensão arterial além de doença renal crônica terminal com necessidade de terapias substitutivas.

Quando falamos de infecção de urina, alguns pontos são muito importantes: a idade de início e a maneira como foi realizado a coleta da amostra de urina.

E atenção! Os pais devem observar sinais que podem identificar infecção urinária. Em caso de recém-nascidos ou bebês, os sintomas não aparecem além da febre. Às vezes, não se alimentam, ficam mais lentos, vomitam, ficam sonolentos, têm diarreia e urina com odor forte. Por isso, ao notar qualquer destes sintomas, é importante não perder tempo e procurar um pronto-socorro pediátrico.

Já em crianças maiores, fique atento às idas constantes ao banheiro e reclamações de dor e queimação na hora de fazer xixi. Observe, também, a coloração da urina. Se ela estiver amarelo-escura e formando muita espuma, é importante investigar. Quando a infecção afeta os rins, podem surgir também dores nas costas, calafrios e mal-estar geral.

Em crianças sem controle de esfíncter o ideal é realizar a coleta da amostra de urina por sonda uretral de alívio, visto que o saco coletor tem altas chances de contaminação e resultar em um exame falso positivo.

Se a coleta por saco coletor for inevitável, lembre-se de realizar a higiene com sabonete neutro limpando bem as áreas do períneo, colocar o saco coletor na topografia da uretra e aguardar no máximo 30 minutos, não urinando, repetir todo o processo por no máximo 03 vezes.

As crianças maiores devem coletar a urina por jato médico, ou seja, iniciar a micção no vaso sanitário e coletar a amostra do meio da urina. Atenção para não contaminar a urina ou o pote estéril no momento da coleta!

Lactentes com infecção de urina devem ter mapeado o trato urinário pois a principal causa são as malformações, por exemplo: refluxo vesicoureteral , ureterocele, válvula de uretra posterior , estenose da junção ureteropélvica ou ureterovesical etc.

Já as crianças maiores de 5 anos têm como principal causa as disfunções miccionais, enurese, bexiga de baixa capacidade , bexigas hiperativas, micção incompleta entre outros.

Portanto, toda criança que apresente episódio único ou de repetição de infecção de urina deve ser avaliado pelo nefropediatra !

Emmanuela Bortoletto Santos Reis é medica Nefropediatra na Clínica GastroMT  e na Clínica  DaVita– CRM/ MT 6596 e RQE 300; 327; 6393 e Nefrointensivista pediátrica.

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