Mato Grosso
Indígenas de Aripuanã (MT) fazem intercâmbio com produtores rurais de Rondônia
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Visita técnica integra plano de ação da Nexa junto às etnias Arara do Rio Branco e Cinta Larga
A produção sustentável de alimentos em roças regenerativas comunitárias deve ser a principal mudança nos territórios indígenas Arara do Rio Branco e Cinta Larga, em Aripuanã (MT), para o próximo ano de trabalho do Plano Básico Ambiental do Componente Indígena (PBACI), executado pela Nexa Resources em Aripuanã (MT). A transição surge a partir da vontade dos próprios indígenas, que buscam alternativas para fortalecer hábitos tradicionais com técnicas que promovam a recuperação do solo.
Uma das ações mais recentes para a estruturação das roças regenerativas comunitárias foi uma visita técnica feita por lideranças indígenas das duas etnias a produtores rurais nos municípios de Ouro Preto e Cacoal, no estado de Rondônia, com apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) local. Acompanhados por consultores do PBACI da Nexa, as lideranças conheceram sistemas de produção de cacau, café, mandioca, banana e outros itens comuns na agricultura familiar e que podem ser plantados de forma consorciada.
Atualmente, de acordo com dados Secretaria de Agricultura Familiar do Mato Grosso (SEAF), o estado está entre os 10 maiores produtores de cacau e café do país, ocupando a 6ª e a 9ª posições, respectivamente. Entre os municípios mato-grossenses, Aripuanã é um dos destaques na produção dos dois alimentos. “Há anos que tínhamos a vontade de implantar essa técnica em nosso território. Essa visita foi mais focada em conhecer as boas práticas desses produtores e para que a gente não erre no plantio e nos cuidados”, explica Amadeu Cinta Larga, presidente da Associação Indígena Passapkareej (AIP).
Tesoureiro na Associação Yukapkatan do Povo Arara do Rio Branco, Jocimar de Oliveira destaca que a implantação de novos recursos de manejo agroflorestal poderá melhorar a qualidade de vida nas terras indígenas. “Conseguimos viver bem e em equilíbrio com a natureza. Ao mesmo tempo, estamos buscando formas de melhorar as condições de vida das nossas famílias e a preservação da nossa cultura”, afirmou.
Lauriano Martins, consultor de campo que acompanhou o grupo de lideranças das comunidades Arara do Rio Branco e Cinta Larga, avaliou a experiência como “transformadora para os indígenas que vão iniciar esse processo de roças comunitárias regenerativas com a experiência tradicional do seu povo, mas agora com os conhecimentos de boas práticas aprendidos nessa viagem”, garantiu.
NEXA