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Incontinência urinária: Estudo epidemiológico recente revela que 45% das mulheres e 15% dos homens apresentam a condição no Brasil


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Para averiguar a prevalência do problema no Brasil, um estudo epidemiológico recente investigou mais de 5 mil pessoas com idade acima de 40 anos, residentes em cinco grandes capitais, e revelou que 45% das mulheres e 15% dos homens apresentam incontinência urinária (mesma taxa encontrada em outros países). Estima-se que, acima dos 70 anos, o risco de apresentar a condição seja de quatro a cinco vezes maior do que entre os 20 e 40 anos.

A incontinência urinária pode ter sérias repercussões no dia a dia. Estudos apontam que pessoas com a condição enfrentam maiores níveis de ansiedade e depressão, sofrem com redução da produtividade no trabalho, encaram isolamento e reclusão ou afastamento de seus parceiros. Além da perda involuntária de urina em si, outro fator que pode levar a constrangimentos é o uso de fraldas e absorventes.

Para entender melhor sobre o assunto o urologista e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) Dr. Danilo Galante responde as principais dúvidas que cercam a condição tão comum entre os brasileiros.

Existem tipos de incontinência urinária? 

Sim. Existem três tipos de incontinência: de esforço: (mediante movimentos físicos que aumentem a pressão sobre o abdômen, como tosse, espirro, falar, andar, esforço físico, mesmo que leve); de urgência também chamada de “síndrome da bexiga hiperativa” cujo principal sintoma é a urgência miccional (súbito desejo de urinar) em razão de contrações involuntárias da bexiga associadas, principalmente, a alterações neurológicas do paciente; e por fim, a mista: que combina os dois diferentes tipos.

Como fazer o diagnóstico preciso de incontinência? 

O tratamento dos dois tipos de incontinência é diferente. Portanto um tratamento correto ocorre após um diagnóstico correto. Uma boa conversa com o paciente sobre suas queixas e em que momento ele perde urina aliados a um exame físico completo normalmente respondem a essa dúvida. Também é comum perdir exames de urina, de sangue e eventualmente um exame mais específico que é o Estudo Urodinâmico.

Quais os fatores de risco para incontinência urinária? 

Alguns fatores de risco são comuns a homens e mulheres, como o avançar da idade, diabetes, obesidade, doenças neurológicas e fatores hereditários. Entre as mulheres, que são as mais atingidas, podem contribuir questões como ter tido muitos filhos, queda de hormônios na menopausa e antecedente de cirurgias ginecológicas. Entre os homens, histórico de cirurgia de próstata para tratamento de um câncer é o principal fator envolvido. Mas devemos lembrar que, ocasionalmente, o problema tem a ver com infecções, pedras na bexiga e tumores.

Existe cura para a condição? Quais são os tratamentos? 

O problema tem cura na maioria dos casos e, em situações mais complexas, existem tratamentos eficazes, seguros e que mantêm (ou devolvem) a qualidade de vida do paciente. O tratamento inclui mudanças comportamentais e de estilo de vida, como evitar o excesso de líquidos, realizar micções periódicas e controlar a obstipação e outros problemas clínicos, como diabetes e obesidade. Também pode envolver sessões de fisioterapia para o assoalho pélvico e a bexiga e o uso de diferentes medicamentos.

Existe cirurgia para a condição? 

Em casos mais complexos ou que não têm boa resposta ao tratamento prévio, há a possibilidade de se optar por procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos como a a colocação de slings – as tais “faixas” colocadas em baixo da uretra para dar uma sustentação a ela e consequente continência ao paciente. Há também a opção do implante de um marcapasso na bexiga que, por meio de estimulação elétrica do nervo sacral, ajuda a normalizar a comunicação entre a bexiga e o cérebro, reduzindo os episódios de incontinência e proporcionando bem-estar e autonomia aos pacientes.

É possível prevenir a IU? 

Sim, a partir de exercícios de fortalecimento para a musculatura do assoalho pélvico que consistem em contrair os músculos do assoalho pélvico por 20 segundos e depois relaxá-los por 10 segundos. Esses exercícios devem ser repetidos 10 vezes em cada sessão com 3 sessões por dia. Além disso, é recomendável perder 5% ou mais do peso; o que já vai ajudar muitos pacientes obesos a melhorar sua incontinência urinária.

Serviço: Para conferir o estudo epidemiológico citado no release acesse: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29106747/

Dr. Danilo Galante – Formado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com especialização em Urologia pela UNESP. Pós-graduado em Cirurgia Robótica pelo Hospital Oswaldo Cruz – SP, além de Fellow Observer of Johns Hopkins School of Medicine Brady Urological Institute Laparoscopic and Robotic Urologic Surgery e doutorado na USP. Membro titular da Sociedade Brasileira  de Urologia e Instrutor do ATLS (Advanced Trauma Life Support), atua em áreas diversificadas como Cálculos Urinários; Infertilidade (incluindo Reversão de Vasectomia), Disfunção Sexual e Cirurgia Robótica. Site: https://drdanilogalante.com.br/

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