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IML libera 15 dos 30 corpos de vítimas carbonizadas no massacre no presídio de Altamira, no Pará


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O Instituto Médico Legal (IML) liberou nesta quarta-feira (14) mais oito corpos de vítimas carbonizadas no massacre que deixou 58 mortos no Centro de Recuperação de Altamira, sudeste do Pará. Outros sete corpos haviam sido reconhecidos na última terça (13). Os 15 cadáveres já estão disponíveis para os familiares.

Os mortos foram identificados como Alessandro Silva Lima, André Carlos Santana Patrício, Bruno Rogério Andrade da Silva, Delimarques Teixeira Pontes, Diogo Xavier da Silva, Jeová Assunção da Silva, João Nilson Felicidade Farias, Lleonardo Dias Oliveira, Amilton Oliveira Câmara, Anderson Nascimento de Souza, Diego Walison de Sousa Reis, Geidson da Silva Monteiro, Itamar Anselmo Pinheiro, José Brandão Barbosa Filho e José Francisco Gomes Filho.

O IML informou que para liberar os corpos, são necessários os seguintes documentos: RG do cadáver e do familiar que vai assinar a liberação, além do comprovante de endereço.

Massacre

Presos de Altamira são transferidos após massacre. que deixou 57 mortos no Pará. — Foto: Bruno Cecim / Agência Pará

Presos de Altamira são transferidos após massacre. que deixou 57 mortos no Pará. — Foto: Bruno Cecim / Agência Pará

O massacre no presídio de Altamira, sudeste do Pará, começou após um grupo de presos render um agente penitenciário que encontrou facas e estoques durante revista, de acordo com o secretário-geral da Ordem dos Advogados do Brasil do Pará (OAB-PA) Eduardo Imbiriba

Segundo o secretário, após a rendição do agentes, integrantes do facção criminosa Comando Classe A (CCA) invadiram o anexo onde estavam detentos que pertenciam ao Comando Vermelho (CV) e os homicídios foram realizados com as armas brancas que estavam escondidas.

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio.

Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 311 custodiados, mas a capacidade máxima é de 200 internos. Segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, dos 311 presos, 145 ainda aguardavam julgamento

Morte de detentos na transferência

Presos de Altamira são mortos dentro de caminhão durante transferência para Belém — Foto: Adriano Baracho / TV Liberal

Presos de Altamira são mortos dentro de caminhão durante transferência para Belém — Foto: Adriano Baracho / TV Liberal

Na noite do dia 30 de julho, quatro envolvidos na briga entre facções que resultou no massacre foram mortos durante o transporte para Belém, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup). Os corpos foram encontrados na manhã de quarta-feira (31) com sinais de sufocamento. A Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) não deu detalhes de como as mortes ocorreram.

De acordo com a Segup, os mortos são da mesma facção (Comando Classe A) e ocupavam a mesma cela no Centro de Recuperação Regional de Altamira. Foi essa facção que atacou integrantes do Comando Vermelho, facção rival. Os outros 26 presos que estavam no veículo e que seriam levados para a capital foram colocados em isolamento e serão ouvidos pela polícia.

O caminhão tem quatro celas e a capacidade para até 40 presos –no momento dos crimes, 30 eram transportados. O Estado informou que não possui caminhão com celas individuais.

Massacre no presídio de Altamira — Foto: Arte/G1

Massacre no presídio de Altamira — Foto: Arte/G1

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