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Imigrantes estrangeiros externam preconceito sofrido por eles em cartazes na UFMT: ‘Muitos brasileiros são racistas’
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As oportunidades de emprego e melhoria de vida foram os principais motivos que trouxeram imigrantes estrangeiros para Cuiabá nos últimos anos. Além das barreiras culturais e sociais, muitos deles lidam com o preconceito. Em uma oficina realizada na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), parte deles externou os casos sofridos por eles em cartazes.
O resultado do projeto está exposto no saguão do Instituto de Linguagens (IL) na UFMT.
Cartazes foram feitos durante oficina na UFMT — Foto: André Souza/G1
A oficina faz parte do projeto Idiomas sem Fronteia: português para estrangeiros. Além da língua portuguesa, os estrangeiros aprendem sobre a cultura brasileira.
Entre os assuntos abordados está o preconceito sofridos pelos estrangeiros.
No papel, haitianos, colombianos, peruanos e venezuelanos externalizaram como é ser estrangeiro em Cuiabá.
“O problema que eu tenho, às vezes, é que alguns brasileiros tratam nós haitianos muito mal. Eles não nos entendem, mas tem aqueles que nos respeitam muito”, diz um dos cartazes.
Em outro cartaz, um haitiano relata o preconceito sofrido no local de trabalho.
Alunos estrangeiros fizeram cartazes durante aula na UFMT — Foto: André Souza/G1
“Trabalho na construção civil todo dia tem uma pessoa que fica bravo comigo e falou para mim que não gosta de preto”, diz trecho.
A oficina em que os cartazes foram confeccionados é ministrada pela graduanda em letra Juliana Borges Rodrigues de Freitas. A ideia, segundo ela, é que o grupo de estrangeiros sensibilizasse o público.
“Pedi que eles fizessem os cartazes para que sensibilizasse o público para que o racismo, o preconceito não seja mais reproduzido”, afirmou.
Imigrantes estrangeiros externalizam preconceito em cartazes — Foto: André Souza/G1
A oficina do Idioma sem Fronteiras acontece todas as segundas-feiras, as 19h, no IL.