Agronegócios
Imea divulga dados do crescimento sustentável do Estado
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A primeira reunião da Câmara Setorial Temática (CST) de Engenharia da Assembleia Legislativa-AL/MT contou com a participação do gestor técnico do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Cleiton Gauer, que fez uma palestra explicando sobre as tendências e projeções do crescimento de Mato Grosso junto ao cenário nacional. A palestra foi dividida em três etapas: ‘Agronegócio em Mato Grosso e no Brasil’; ‘Competitividade’, e ‘Tendências e Perspectivas a longo e médio prazos’.
Na oportunidade, ele falou que a base econômica de Mato Grosso atualmente é o agronegócio. Maior produtor de soja e algodão em pluma, segundo maior produtor de arroz, quinto produtor de cana-de-açúcar e sétimo de milho. O rebanho bovino tem crescido rapidamente e o Estado já possui o maior rebanho de corte do país.
Durante suas explicações, Gauer disse que a área destinada à produção de grãos cobre aproximadamente 12% da área do estado, o que demonstra o potencial ainda a ser explorado.
“Esta abordagem do agronegócio no Brasil vem para mostrar a importância de Mato Grosso, provando a evolução histórica das principais cadeias de como a gente começou a produção, e ainda, as perspectivas para os próximos dez anos na área agrícola”, falou ele.
O presidente da CST da Engenharia, engenheiro agrônomo Marcelo César Capellotto França, lembrou que a câmara vai propor sugestões de novas leis e será um fator de propulsão do desenvolvimento social e econômico, com soluções viáveis ao setor.
“Vamos buscar ações que possam vir ao encontro do desenvolvimento do Estado. Produzir propostas que de resultados imediatos junto à sociedade, com vistas ao crescimento de Mato Grosso”, explicou França.
Mais adiante, ele comentou que os membros da CST estão focados em propostas para a sustentabilidade do Estado em função do aumento da produção agrícola.
“Estamos com as frentes de toda a engenharia do Crea contribuindo com esses possíveis resultados da câmara, criando projetos para o desenvolvimento sustentável nas áreas de logística, produtividade, crescimento e cinturões verdes”, ponderou.
Baseado em dados do Imea, Cleiton Gauer lembrou que em 2017 Mato Grosso contribuiu com 11,2% da taxa real do PIB do país e que em 2019 deve encerrar o ano em 50%. “É importante lembrar nesse montante, o Estado ainda registra 41% de suas terras preservadas pelos produtores”, destacou o gestor, que esclareceu que até 2028, Mato Grosso pode ter produção recorde de milho, superando o cultivo de soja. “Os números estão caminhando para isso, pois o interesse pela cultura do milho está crescendo bastante no estado”, comentou Gauer.
Um dado revelado por Gauer está ligado à participação de Mato Grosso na balança comercial do país. Ele informou que o Estado se posiciona com 28% da produção total de soja no país e com 9% mundialmente.
“Esses índices tendem a aumentar gradativamente, mas outras culturas, como a de algodão também estão aumentando, onde 66% dela estão plantadas em Mato Grosso”, assinalou.
Porém, todas as informações e dados da produção agrícola estadual divulgada pelo gestor técnico da Imea esbarram num problema, que segundo Gauer, é a competitividade distribuída.
“Mato Grosso é o estado com maior custo de frete do país e continuará sendo por muito tempo. Faltam ferrovias e hidrovias adequadas para mudar esse quadro. Aqui demonstra a disparidade muito grande com os custos dos modais de outras localidades”, avaliou.