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Imagem mostra corpos colocados a céu aberto fora de necrotério em unidade de saúde de Manaus


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Imagem que circula em redes sociais mostra corpos deixados fora de necrotério em SPA de Manaus. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Uma imagem que circula em redes sociais mostra corpos de duas pessoas que faleceram no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do bairro Galileia, na Zona Norte de Manaus, colocados a céu aberto, neste domingo (26). Segundo familiares, os corpos são de pessoas que morreram durante a manhã e foram deixados na frente do necrotério. A diretoria da unidade de saúde disse que a imagem “foi feita no momento em que a equipe levava os corpos ao necrotério onde aguardariam a retirada pelas famílias”.

Wilson Ribeiro, de 35 anos, informou ao G1 que a mãe estava internada no SPA e faleceu durante a manhã. Enquanto resolvia os documentos na unidade de saúde, o corpo dela foi colocado na parte de fora do necrotério, a céu aberto. Quando foram até o necrotério, viram que o corpo estava no sol.

“Estava um sol quente aí e deixaram lá mesmo. Eles deixaram dois corpos. O da minha mãe e o da sogra de outro rapaz que estava aqui. Não tinha nem ninguém aqui no necrotério. Não fica nem ninguém. Só tinha duas pessoas dentro e colocaram a minha mãe e a outra senhora lá fora. Só foram tirar depois que fomos reclamar. Parece que pensam ‘morreu, vamos colocar aí e pronto'”, disse Ribeiro.

Ribeiro lembrou que a mãe havia sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC), há cerca de 20 dias, e foi internada no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, na Zona Leste de Manaus. Enquanto estava internada, ela foi diagnosticada com pneumonia, segundo o filho.

“Quando foi sexta-feira (24), ela teve alta e fomos para casa. Depois de um tempo, ela passou a sentir incômodos e decidimos trazer ela para o SPA e não para o hospital novamente. Ela estava em uma sala rosa com várias outras pessoas com outras doenças. Quando foi de manhã, ela teve uma parada cardíaca e não resistiu. Foi quando aconteceu isso com ela”, lembrou.

Por meio de nota, a direção do SPA Eliameme Rodrigues Mady informou ao G1 que a unidade recebeu uma demanda alta de pacientes com síndromes respiratórias e que quatro pacientes foram a óbito, neste domingo (26).

“A direção explica que imagem que circula na internet foi feita no momento em que a equipe levava os corpos ao necrotério onde aguardariam a retirada pelas famílias”, informou a direção da unidade de saúde na nota, sobre a imagem que circula em redes sociais.

Saúde prestes a entrar em colapso

A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da rede pública de saúde do Amazonas chegou a 96%, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam), na quinta-feira (23), durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo a secretaria, o estado tem 222 leitos de UTI para atendimento de pacientes com Covid-19.

O Amazonas registrou mais 198 casos de Covid-19, neste domingo (26), totalizando 3.833 casos confirmados do novo coronavírus no estado, segundo boletim epidemiológico divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM). Também foram confirmados outros 17 óbitos pela doença, elevando o total de mortes para 304.

A taxa de ocupação de salas rosas, para onde são levados pacientes de Covid-19 que não conseguem leitos nos hospitais, costuma a chegar na sua totalidade, de acordo com a secretária de saúde do Estado, Simone Papaiz.

Hospital de Retaguarda da Nilton Lins começou a receber pacientes neste sábado. — Foto: Divulgação/Secom

Hospital de Retaguarda da Nilton Lins começou a receber pacientes neste sábado. — Foto: Divulgação/Secom

“Sala rosa, chegamos a 100%. Varia muito de 95% a 100% de internação, dependendo do dia. Por exemplo, nós estávamos com 100% de capacidade operacional da sala rosa, no Hospital 28 de Agosto. Os leitos com maior taxa de ocupação são os de UTI. Por isso, estamos nos debruçando na questão de contratação de médicos intensivistas para poder ampliar os leitos de UTI. Este é um de nossos desafios”, disse.

Por conta do aumento de mortes, Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus tiveram que tomar medidas de extremas para atender a alta demanda de mortes. Na segunda (20), contêineres frigoríficos foram instalados no Cemitério Nossa Senhora Aparecida para comportar a alta demanda de caixões que estão sendo enviados de hospitais públicos da capital, muitos de vítimas do novo coronavírus.

Na última sexta-feira (17), dezenas de covas haviam sido abertas no cemitério para atender o aumento na demanda. Quatro dias depois, a Prefeitura abriu valas comuns, chamadas pelo órgão de trincheiras, para enterrar vítimas do novo coronavírus no cemitério público Nossa Senhora Aparecida.

Autor e Fonte: G1/AM

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