Cacoal
IFRO Campus Cacoal trabalha mágica e matemática em escolas de Cacoal
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Disciplinas como física, química ou matemática carregam há tempos o estigma de serem difíceis. A necessidade do pensamento lógico ou os cálculos que envolvem a resolução dos conteúdos dessas disciplinas faz com que muitos estudantes sejam avessos a elas e desenvolvam dificuldades durante o aprendizado. Através do curso de Licenciatura em Matemática, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Cacoal, tem realizado um projeto de extensão que pretende minimizar ou eliminar essa aversão dos alunos do Ensino Básico a essa disciplina.
A atividade tem sido realizada junto a alunos das escolas de Cacoal ou entidades que trabalham com crianças em idade escolar, como a Guarda Mirim. “Chamamos o projeto de ‘No país da matemágica’, pois a essência dessa iniciativa é despertar novas experiências desses alunos com a matemática através de números mágicos, além de dar uma nova visão de ensino para os nossos acadêmicos como futuros professores. Defendemos que dessa maneira, diferenciada e divertida, os alunos e os acadêmicos podem interagir com a disciplina por meio de mágicas onde o segredo se encontra na manipulação dos números”, destacou a Coordenadora do projeto e professora do Campus Cacoal, Samanta Milani.
Paradigma
Grande parte das aulas de matemática é ministrada através do método tradicional, que se resume à exposição do conteúdo em lousa e auxílio do livro didático. “Esse modelo costuma fazer com que os alunos tenham aversão à disciplina. Através do projeto, esperamos contribuir com o aprendizado e estimular os alunos dessas outras instituições a olharem para a disciplina de matemática como uma aliada do dia a dia, além de oportunizar experiências válidas para inovar o ensino e estimular a aprendizagem na formação dos nossos acadêmicos”, ressaltou Samanta.
São os acadêmicos do quinto período da Licenciatura em Matemática os responsáveis por executar os números mágicos diante da plateia e tentar encantar o público para que eles tenham maior interesse pela ciência dos números.
Claudiana Parteli é uma dessas alunas e ela contou que a atividade tem trazido muitos benefícios para sua experiência e formação no curso de licenciatura. “Temos visitado escolas e instituições em diferentes contextos sociais e uma das coisas que mais tem chamado minha atenção é a diferença de desenvolvimento do raciocínio lógico entre esses alunos. Além disso, o uso dessa estratégia de ensino faz com que eles consigam manter o foco por mais tempo. A atenção, com certeza, é muito maior do que no uso do método tradicional”, analisou Claudiana.
Para a acadêmica, outro ponto gratificante do projeto é a valorização que os alunos conferem a ela e os colegas durante as apresentações. “A experiência desse projeto é muito legal, porque sempre que a mágica acaba, tem aquele encanto de querer saber como aquilo aconteceu. Quando deixamos a sala, muitos vêm atrás de nós pedindo para explicar como que fizemos o número ou pedindo para fazer novas mágicas. Por isso penso que métodos como esse podem não só favorecer o interesse dos alunos, mas valorizar o professor”.